Desafio Literário de agosto/2015: Ignácio de Loyola Brandão
- Ricardo Bonacorci
- 2 de ago. de 2015
- 2 min de leitura

Já estamos em um novo mês! Por isso, precisamos mudar de escritor aqui no Blog Bonas Histórias. Em agosto, o Desafio Literário será com Ignácio de Loyola Brandão, um dos principais autores vivos do nosso país. Assim, nos despedimos da literatura do norte-americano John Green e damos as boas-vindas às obras e ao trabalho artístico de Loyola Brandão.
Escolhi cinco livros do autor brasileiro para ler e comentar neste período: "Não Verás País Nenhum" (Global), "Zero" (Global), "O Menino que Vendia Palavras" (Objetiva), "Melhores Crônicas de Ignácio de Loyola Brandão" (Global) e "Melhores Contos de Ignácio de Loyola Brandão" (Global). Neste conjunto de títulos, há romances, livros infantojuvenis, contos e crônicas. Há obras antigas e atuais. Acredito que com essa amostra de publicações, conseguirei ter uma boa visão do estilo literário de Ignácio de Loyola Brandão.
Ignácio nasceu em Araraquara, interior paulista, em 31 de julho de 1936, dia de Santo Ignácio de Loyola. Por causa da data, recebeu o nome do santo. Desde muito cedo, o rapaz tímido gostava de escrever. Com dezesseis anos, Ignácio já produzia reportagens e críticas de cinema para os jornais da sua cidade. Em 1955, ganhou uma coluna social em um diário de Araraquara. No ano seguinte, Loyola Brandão se muda para São Paulo e passa a trabalhar no jornal "Última Hora". A atividade de jornalista e de crítico cinematográfico iria se prolongar por muitas décadas ainda, sendo o principal ganha-pão do escritor.

A primeira ficção de Loyola Brandão a ser publicada foi "Depois do Sol" (Planeta), um livro de contos. A obra foi lançada em 1965. Em 1968, era editado o seu primeiro romance: "Bebel que a cidade comeu" (Global). Estava aí inaugurada a carreira de escritor profissional. Ao longo destes anos, Ignácio produziu mais de 40 livros.
Em 1975, o livro "Zero" foi publicado, tornando-se a principal obra de Loyola Brandão até hoje. "Zero" é um livro único e inovador. Com humor ácido, notas de rodapé corrosivas, uma violência descomunal e a linguagem coloquial, ele conseguiu marcar história no mercado editorial brasileiro. Apesar dos prêmios conquistados, o governo militar censurou a obra por alguns anos. No final de 2000, "Zero" foi eleito pelo jornal "O Globo" e pela revista "Manchete" como um dos 100 melhores romances do século passado.
Loyola Brandão escreveu contos, crônicas, romances, obras infantojuvenis, livros de viagens, biografias e peças de teatro ao longo de sua carreira. Em 1981, chegou às livrarias brasileiras "Não Verás País Nenhum", uma das mais premiadas obras do escritor. Em 2006, Ignácio escreve "A Altura e a Largura do Nada" e, em 2008, lançou o romance "O Menino que Vendia Palavras", que ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção daquele ano.

Ignácio de Loyola Brandão é considerado um dos principais escritores brasileiros da atualidade. Conhecer suas obras e sua literatura é fundamental para quem aprecia este tipo de manifestação artística.
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