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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

  • Foto do escritorRicardo Bonacorci

Mercado Editorial: Revistas - Você é a única pessoa que compra essa aí


Mercado Editorial Revistas

Algo tem me preocupado neste início de ano (sim, estamos no começo de Março e para mim o ano ainda está engatinhando). Tenho reparado na grossura das várias revistas em que leio. Elas estão assustadoramente finas, muito menores se comparadas ao tamanho tido no mesmo período do ano passado. Falo isso com propriedade de quem lê mais de dez títulos mensalmente (Veja, Veja São Paulo, Carta Capital, São Paulo, Exame, National Geographic, Vida Simples, Superinteressante, VIP, Placar, Exame PME, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Serafina e revista da ESPM) há mais de dez anos. Assim como adoro ler jornal diariamente, amo mergulhar nas páginas das minhas revistas favoritas.

O que estaria acontecendo com estas publicações? Após refletir um pouco, acredito ter detectado o problema. Ele está, a princípio, nos anunciantes. Como o conteúdo jornalístico é fixo (não se pode diminuir o número de páginas dedicadas às reportagens), a explicação para a diminuição no tamanho das revistas está no menor número de folhas com anunciantes. A revista Veja, por exemplo, mal chega a 100 páginas (quando normalmente ela passaria de 120). A revista Exame da última quinzena teve pouco mais de 100 páginas, quando o padrão seria ter mais de 130. Todas as publicações das quais leio estão passando por isso. Cadê os anunciantes?! Por que eles estão tão receosos em investir nesse meio de comunicação? É culpa da crise econômica a bater na porta do país ou é alguma crise específica da imprensa escrita? O Carnaval já acabou. O Ano já começou... Cadê os anunciantes?

Acho que consegui, hoje, as respostas para essas desafiantes questões. Ao ir até a banca de jornal perto de casa para comprar mais algumas revistas (eu prefiro adquiri-las nas bancas a assinar - esse é um hábito passado a mim pelo meu pai pelo qual eu mantenho como uma tradição de família), o jornaleiro bradou alegremente em minha direção (provavelmente eu sou o melhor cliente dele): "Sua revista chegou!". Ele disse isso e foi pegar a revista Bem Simples. Depois completou: "Você é a única pessoa que compra essa aí". Infelizmente, ele disse as mesmas coisas na semana passada quando comprei a National Geographic. E eram essas mesmas palavras dele quando eu comprava a Bravo até o ano retrasado. Infelizmente, a Bravo deixou de ser publicada em Agosto de 2013. A justificativa da editora Abril foi: a vendagem estavam abaixo do mínimo recomendado.

Revistas

Nessa hora, um estalo na minha mente explodiu, como um "Eureka" de Arquimedes. Meu Deus, as revistas estão acabando.... Ninguém mais lê este tipo de publicação! A culpa, então, não é diretamente dos anunciantes, como pensara inicialmente. Eles só estão diminuindo seus investimentos neste tipo de mídia porque o público leitor está minguando. Nada mais lógico. Quando eu digo que leio jornal diariamente e revista periodicamente na forma impressa, as pessoas me olham de uma maneira estranha, como se esses hábitos fossem coisa de um passado distante. Coisa de passado distante?! Não, não é.

O grande problema da falta de vontade das pessoas em continuar lendo as publicações impressas é que, assim, as revistas correm o risco de acabar definitivamente. Quantos jornais já precisaram fechar as portas? Quantos títulos de revista (como a Bravo cujo conteúdo era excelente) foram retirados do mercado? Quais mais terão sua vida abreviada?! Sendo muito egoísta agora: até quando eu terei o privilégio de poder ler as minhas publicações favoritas de maneira impressa? Esses dias de leitura farta estão realmente contados? Deixa, portanto, eu aproveitar enquanto posso. Vou ler mais uma revista agora. Mesmo ela estando raquítica, diminuta e com aspecto de "morta de fome", vou desfrutar de suas páginas sem pensar no amanhã. No nebuloso e assustador amanhã!

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