O ano passado não foi fácil para as editoras nacionais. Em 2014, o mercado editorial apresentou, no Brasil, uma queda de aproximadamente 5% em seu faturamento em relação ao ano anterior. Esses dados foram divulgados na semana passada pela SNEL, o Sindicado Nacional dos Editores do Livro. Depois de um longo período de crescimento contínuo, a receita do setor, enfim, apresentou um decréscimo. Trata-se do pior resultado dos últimos 10 anos. Vale lembrar que foi a partir de 2004 que as vendas de livros no país passaram a ser medidas com mais abrangência pela FIPE, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a pedido da SNEL e da CBL, a Câmara Brasileira do Livro.
O mercado editorial movimentou R$ 5,4 bilhões em 2014. As livrarias são o principal canal de venda. Elas representam cerca de 60% do faturamento do setor. Na segunda posição estão as distribuidoras, com 21% da receita do mercado. A venda porta a porta, com 5 %, e os supermercados, com 1,62%, vem logo em seguida.
Dos livros impressos em 2014, pouco mais de 19 mil foram de lançamentos, enquanto aproximadamente 41 mil foram de reimpressões. Dos cerca de 500 milhões de exemplares vendidos, 90 milhões foram de novos títulos e 410 milhões foram de antigos.
A queda nas vendas no ano passado foi ocasionada principalmente pela menor compra do governo. As obras didáticas distribuídas para os alunos das escolas públicas fazem do governo federal o maior comprador de livros do país. Qualquer diminuição neste tipo de compra afeta diretamente o setor inteiro. Além disso, as pessoas físicas (os consumidores tradicionais) tiveram seu consumo estagnado nas livrarias.
Em 2013, o mercado editorial brasileiro já havia apresentado uma estagnação em relação à 2012. Para 2015, a previsão de faturamento não é nada otimista. A expectativa dos especialistas é que a queda continue. Ou seja, os ventos não estão favoráveis para ninguém.
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