O filme "Ted" (2012) chegou aos cinemas brasileiros há quatro anos e representou uma grande inovação nas comédias norte-americanas. Dirigido por Seth MacFarlane, que mais tarde faria o engraçadíssimo "Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola" (A Million Ways to Die in the West: 2014), e estrelado por Mark Wahlberg, de "O Grande Herói" (Lone Survivor: 2013), o longa-metragem foi um grande sucesso de bilheteria e provocou muitas polêmicas na época do seu lançamento. O humor totalmente escrachado e politicamente incorreto era algo novo e diferente do que o praticado pelo cinema comercial. Até hoje, o filme divide opiniões daqueles que o adoram e daqueles que o detestam.
O enredo de "Ted" é sobre um ursinho de pelúcia que, após o pedido do seu dono, um menino chamado John Bennett (interpretado por Mark Wahlberg), ganha vida. A partir daí, o que era um brinquedinho se torna um ursinho real. Ted, como o pelúcia é chamado, vira o melhor amigo de John. Os dois fazem tudo juntos: vão para a escola, ingressam na faculdade, começam a namorar e caem no mundo das drogas e das bebidas. O problema surge quando John decide, aos trinta e cinco anos, se casar. Como seu amigo irá reagir? Este é o mote do primeiro filme da série.
No ano passado, Seth MacFarlane e Mark Wahlberg se juntaram outra vez e resolveram filmar a continuação desta história. Aí surgiu "Ted 2" (2015). O que parecia a princípio ser mero oportunismo se transformou em novo sucesso. "Ted 2" não apenas suplantou a versão inicial nas bilheterias como parece ser uma longa-metragem ainda melhor (para aqueles que apreciaram o primeiro).
Neste novo enredo, temos John e Ted sofrendo com suas relações amorosas. John está separado de Lori Collins (dessa vez, Mila Kunis, que interpretou a esposa do personagem principal no filme anterior, não aparece) e não consegue superar o divórcio. Ted, por sua vez, se casa com a gatíssima Tami-Lynn (interpretada por Jessica Barth). Contudo, o marasmo do casamento logo atinge o casal e os dois começam a ter problemas matrimoniais. Para apimentar a relação, os dois decidem ter um filho. Como Ted é um urso de pelúcia, a única alternativa é a adoção.
Preocupado com o fato de um ursinho está requerendo uma criança para cuidar, o governo norte-americano abre um processo legal para verificar se Ted é um ser vivo ou se é um mero brinquedo. Dependendo da sentença do juiz, o casamento pode ser cancelado e emprego que ele tinha pode ser perdido. Para provar que Ted é sim um ser vivo como qualquer homem e mulher, os amigos lançam-se em uma batalha nos tribunais.
Sinceramente, achei "Ted 2" ainda melhor do que o primeiro filme. Aqui temos novamente a mesma receita: humor escrachado, piadas politicamente incorretas e linguajar de baixo calão. Porém, a responsável por fazer o longa-metragem ser acima da média e provocar muitas risadas na plateia é a sua história engraçadíssima. De tão surreal é o fato de um urso querer provar que é humano que tudo se torna possível. Tudo é motivo para se tirar um sarro: das características verdadeiras dos atores até os sobrenomes deles da vida real.
"Ted 2" representou um investimento de US$ 68 milhões do estúdio. Assim, vários nomes do primeiro escalão do cinema vieram participar desta produção. Destaque para Amanda Seyfried e Morgan Freeman, além de muita gente conhecida da cultura pop dos Estados Unidos.
Apesar de o desfecho ser previsível e a trama conter o sentimentalismo barato que uma comédia comercial precisa ter, o filme é muito bom. Não dá para não rir das situações esdrúxulas que os personagens precisam passar. É verdade que às vezes os roteiristas ultrapassam os limites do mau gosto e do exagero. Mesmo assim, o expectador, entre uma risada e outra, perdoa os deslizes que podem aparecer ocasionalmente.
Admito que se descobrir, daqui alguns anos, que fizeram o "Ted 3", irei correr para o cinema para assisti-lo. Só espero que a nova versão, se houver, seja como as anteriores: engraçada, polêmica e recheada de cenas de um humor corajoso e politicamente incorreto.
Veja o trailer de "Ted 2":
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