Sexta-feira, assisti ao filme "Duelo em Monterey" (Gun Battle at Monterey: 1957). Este faroeste foi a principal produção da dupla de diretores Sidney Franklin Jr. e Carl K. Hittleman. O roteiro ficou a cargo de Lawrence Resner. O elenco contava com Sterling Hayden, Ted de Corsia, Lee Van Cleef e Pamela Duncan. Os dois pontos que mais me chamaram a atenção neste longa-metragem foi seu roteiro enxuto e ágil e o desfecho aberto e surpreendente. Ou seja, trata-se de um filme bem inovador para a década de 1950.
"Duelo em Monterey" começa com a dupla de assaltantes formada por Jay Turner (interpretado por Sterling Hayden) e Max Reno (Ted de Corsia) fugindo após a realização de um grande roubo. Os criminosos escondem-se em uma caverna no litoral para despistar os policiais. Enquanto aguardam as coisas se acalmarem, Reno começa a fazer novos planos para a dupla. Por outro lado, Turner está feliz com o dinheiro adquirido naquele assalto. Ele deseja interromper a vida de crimes.
Ao saber da intenção do parceiro em desfazer a dupla, Reno fica nervoso e dá três tiros nas costas de Turner. Em sua visão, o fim da parceria criminosa é uma traição que ele não aceita. Vendo o amigo estatelado no chão, Reno se apropria do dinheiro do companheiro e parte para o Velho Oeste para empreender, deixando Turner morrer sozinho.
A sorte de Turner é que Maria (Pamela Duncan), uma jovem mexicana da localidade, vê o rapaz caído e corre para socorrê-lo. Após semanas de tratamento, a moça e seu pai conseguem salvar o homem baleado. Uma vez recuperado, Jay Turner parte atrás de Max Reno para se vingar. Contudo, ele não deseja simplesmente matar seu algoz. Turner prometeu para Maria, seu grande amor, que ele não iria sujar suas mãos de sangue. Por isso, ele desenvolve um plano elaborado de vingança que surpreende o antigo parceiro.
"Duelo em Monterey" é dinâmico e enxuto. Em pouco mais de uma hora, o expectador vê todo o desenvolvimento da trama. O roteiro é ágil, não dando espaço para diálogos desnecessários e cenas dispensáveis. Os poucos personagens também ajudam a condensar a trama no núcleo principal. Essas características tornam o filme agradável e acelerado.
A grande inovação do roteiro está em seu final. O longa-metragem caminha de maneira previsível até as suas duas últimas cenas. Aí acontece algo que surpreende o expectador (fique tranquilo que nunca conto o spoiler). Não é incomum as pessoas que estão assistindo ao filme levarem um susto com o desfecho. Há quem fique incrédulo ou não entenda nada. O mais curioso é que este final é bastante divertido (e controverso). O roteirista obviamente explora a comicidade da opção escolhida para o encerramento da história.
"Duelo em Monterey" é um filme muito interessante exatamente pelas suas duas características principais: roteiro enxuto e ágil e final surpreendente e aberto. Estes elementos não são comuns de serem encontrados em produções de faroeste da década de 1950. Por isso, o longa-metragem se torna tão incrível. Gostei muito dele!
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