Acredito que estamos entrando em uma nova fase dos filmes de super-heróis. Depois da etapa em que era preciso reunir vários personagens dos quadrinhos em um único longa-metragem para arrebatar grandes bilheterias, a pegada agora é outra. Ao invés de lutarem juntos contra o mal, esses heróis agora são confrontados uns contra os outros. E aí cabe ao telespectador escolher para qual lado torcer. O mocinho de uns pode ser o vilão de outros e vice-versa.
Esse enredo menos maniqueísta já foi constatado no regular “Batman vs Superman – A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn Of Justice: 2016). Agora essa mesma dinâmica aparece de maneira mais intensa em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America - Civil War: 2016), obra dos irmãos Russo, Anthony e Joe (os mesmos diretores do último filme do Capitão América).
Nesta produção, tomamos consciência dos estragos provocados pelas ações dos Vingadores nos filmes passados (o que por si só já é uma ótima sacada). Ao tentarem promover o bem e matar os vilões, os super-heróis acabam indiretamente provocando muita destruição por onde passam e causando mortes de civis inocentes. Por isso, a opinião pública conseguiu convencer os principais líderes políticos mundiais a controlarem mais os Vingadores, grupo formado pelos personagens Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). A decisão de ficarem o tempo inteiro submetidos às ordens e aos caprichos dos civis provoca um racha no grupo de super-heróis. Há quem apoie essa decisão e quem seja contrário. Assim, o Capitão América acaba ficando contra as opiniões do Homem de Ferro, dando início à divisão do grupo e ao confronto entre eles.
“Capitão América: Guerra Civil” é um ótimo filme. Os acontecimentos vão se sucedendo sem parar a ponto de colocar os antigos amigos em lados opostos em uma guerra interminável. Fica difícil escolher para qual lado torcer. A tensão é crescente e o desfecho se dá em uma batalha que tem tudo para se tornar célebre no cinema. Os efeitos visuais e o acabamento das cenas são dignos de elogios.
Os atores estão muito à vontade em seus personagens. Robert Downey Jr. e Chris Evans conseguem fazer um bom contraponto, atraindo o conflito para si. Scarlett Johansson continua maravilhosa como Viúva Negra e aos poucos vai ganhando mais (e merecida) projeção na história. Reparem também na atuação de Tom Holland II, interpretando o jovem Homem-Aranha. É impagável seu desempenho e as cenas em que aparece para o “duelo final”.
Mesmo não sendo um fã de filmes de super-heróis, admito que gostei muito dessa produção. Ela consegue prender sua atenção ao longo das duas horas e entretém principalmente com o jogo psicológico (afinal, quem tem razão no meio dessa briga toda?). As cenas de lutas e de conflito também deixam a plateia sem ar na poltrona. Ou seja, este filme é uma das boas opções em cartaz nas salas de cinema no momento.
Veja o trailer de “Capitão América: Guerra Civil”:
O que você achou deste post e do conteúdo do Blog Bonas Histórias? Não se esqueça de deixar seu comentário. Se você é fã de filmes novos ou antigos e deseja saber mais notícias da sétima arte, clique em Cinema. E aproveite também para curtir a página do Bonas Histórias no Facebook.