
Domingo passado, fui ao Itaú Cultural, na Avenida Paulista, para ver a exposição fotográfica “Arquivo Ex Machina – Arquivo e Identidade na América Latina”. Ocupando dois andares do prédio do centro cultural (primeiro andar e subsolo), a mostra apresenta trabalhos fotográficos dos brasileiros André Penteado e Eustáquio Neves, do chileno Bernardo Oyarzún, do equatoriano Coco Laso, do boliviano Javier Nuñez del Arco, do argentino Marcelo Brodsky, do português João Pina, da mexicana Mayra Mendoza, do peruano Jorge Villacorta e do colombiano Andrés Felipe Orjuela. Em comum, a representação através de imagens do conturbado século XX nos países latino-americanos.

Em “Arquivo Ex Machina”, podemos ver a escravidão dos indígenas bolivianos nos campos de mineração do seu país, a luta armada dos Zapatistas no México, os efeitos da ditadura militar argentina, o papel do narcotráfico na sociedade colombiana e a realidade violenta das ruas brasileiras.

A sensação, ao sair da exposição, é que vivemos em um continente em constante ebulição. O século XX parece que teima em não querer terminar nos países latino-americanos. A revoltas populares, a criminalidade em tons epidêmicos, a escravidão, o extermínio das minorias e a repressão política são fantasmas que rondam diariamente a sociedade em todos os cantos da América hispânica.

Gostei da exposição. Apesar de sua temática forte e um tanto polêmica, ela nos faz refletir, além de repassar a história de nosso país e dos países vizinhos. “Arquivo Ex Machina – Arquivo e Identidade na América Latina” ficará em cartaz até o dia 7 de agosto no Itaú Cultural, localizado na Avenida Paulista 149. A entrada é gratuita e de livre acesso para todos os públicos.
Gostou deste post e do conteúdo do Bonas Histórias? Deixe sua opinião sobre as matérias do blog. Para acessar as demais análises desta coluna, clique em Exposições. E não se esqueça de curtir a página do blog no Facebook.