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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 43 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

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Filmes: O Homem que Matou o Facínora - Wayne e Stewart juntos


O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962)

"O Homem que Matou o Facínora" (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962) é um Western clássico dirigido por John Ford e estrelado por John Wayne e James Stewart. Aí alguém pode se perguntar: E daí? O que isso tem de mais?! Afinal, John Ford e John Wayne trabalharam juntos de 1928 a 1976, totalizando mais de vinte produções do gênero. Para entender a relevância de "O Homem que Matou o Facínora", precisamos analisar alguns aspectos.


Esse foi o primeiro longa-metragem protagonizado conjuntamente por John Wayne e James Stewart, duas estrelas de primeira grandeza do cinema norte-americano entre as décadas de 1940 e 1960. James Stewart era o galã premiado com o Oscar de 1941 pela atuação em "Núpcias de Escândalo" (The Philadelphia Story: 1940). Ele foi indicado outras quatro vezes ao prêmio máximo da academia. Seu papel de maior destaque, em minha opinião, foi em "A Felicidade Não Se Compra" (It's a Wonderful Life), obra-prima de Frank Capra.

O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962)

John Wayne, por sua vez, era reconhecido pelo seu carisma. Se ele tinha sua qualidade cênica contestada pelos críticos, era um dos atores mais populares da época. Era inadmissível produzir um bom Western sem Wayne no elenco principal. Seus papéis de destaque foram em "No Tempo das Diligências" (Stagecoach: 1939), "Rio Bravo" (Rio Bravo: 1959) e "Bravura Indômita" (True Grit: 1969). Curiosamente, cada um destes três filmes foi produzido por um grande diretor: John Ford, Howard Hawks e Henry Hathaway, respectivamente. O diretor que mais utilizou os trabalhos de John Wayne foi John Ford.


Assim, em 1962, Ford resolveu unir em um mesmo filme as duas estrelas da época: James Stewart e John Wayne. É verdade que os dois já estavam velhos para interpretar os papéis de dois jovens, mas isso ficou em segundo plano. "O Homem que Matou o Facínora" ainda contou com a participação de Lee Marvin, Vera Miles e Jason Tully. Muitos dos atores coadjuvantes utilizados nesse filme eram provenientes da época do cinema mudo. O roteiro foi adaptado de um conto escrito por Dorothy M. Johnson.

O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962)

"O Homem que Matou o Facínora" inicia-se com um casal rico chegando à pequena cidade de Shinbone, no Velho Oeste norte-americano. Ransom Stoddard (interpretado por James Stewart) é um famoso senador da República e sua esposa Hallie Stoddard (Vera Miles) é natural daquele município. A chegada dessas personalidades da Capital Federal provoca um alvoroço nos repórteres do jornal local. Eles querem saber o que o ilustre casal está fazendo na cidade. Ao segui-los, descobrem que eles foram até lá para participar do funeral de Tom Doniphon (John Wayne), um morador local desconhecido por todos. Aí a pergunta muda: quem seria Doniphon?


Depois da insistência dos repórteres, Ransom Stoddard decide contar a história que se passou décadas atrás, quando ele chegou naquele povoado e conheceu Doniphon, a quem sempre será grato. Recém-formado como advogado nas grandes cidades do Leste, Ransom estava de passagem por Shinbone quando foi atacado pelo bando do mais temível criminoso da época, Liberty Valance (Lee Marvin). Inconformado com os crimes praticados pelo terrível assassino, Ransom decide enfrentar Valance. Contrário à luta armada, o jovem advogado quer prender o bandido pelos meios legais. O problema é que o delegado da cidade é um covarde e ninguém tem coragem de enfrentar diretamente o criminoso. Os únicos que o apoiam são o proprietário do jornal da cidade e um cowboy valente chamado Tom Doniphon. Enquanto Stoddard e Doniphon lutam juntos contra o maior criminoso de Shinbone, eles precisam disputar o amor da mesma mulher. Os dois estão apaixonados por Hallie, a jovem que trabalha em um restaurante local e que cuidou dos ferimentos Ransom após o assalto de Valance.

O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962)

Esta produção tem todos os ingredientes de um grande filme: a história é boa, as interpretações são excelentes, a fotografia é ótima, há mistério e suspense nas doses certas e os personagens possuem valores dignos dos melhores heróis de Hollywood. Apesar do grande mistério da trama ser muito previsível (é óbvio quem é o homem que matou o criminoso, como aponta o título da obra), há boas pitadas de suspense e de ação que prendem a atenção do espectador.


John Ford filmou "O Homem que Matou o Facínora" em preto e branco, quando este recurso já havia deixado de ser utilizado. Com isso, temos um ambiente mais misterioso e clássico. A fotografia é incrível. O filme foi indicado ao Oscar do ano seguinte para o prêmio de melhor figurino.

O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance: 1962)

A união de John Ford, John Wayne e James Stewart aconteceria outras vezes. Curiosamente, este foi o trio que fez "O Último Pistoleiro" (The Shootis: 1976), último filme realizado por John Wayne, que faleceria três anos mais tarde.


O resultado de "O Homem que Matou o Facínora" é um longa-metragem gostoso de ser visto e que compõe um dos filmes clássicos do cinema.

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