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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

bonashistorias.com.br

Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

  • Foto do escritorRicardo Bonacorci

Contos: Diálogos Urbanos - E Aí, Gostou?


Diálogos Urbanos: E Aí, Gostou?

- Oi!


- Oi.


- E aí?


- O que você pensa que tá fazendo?!


- O que você acha?


- Ei, ei. Não!


- Qual o problema?


- Não se faça de sonso. Agora tenho namorado.


- Ah, qual é? Não me venha com frescurite.


- Não é frescura coisa nenhuma!


- Sério?


- A gente não vai mais fazer isso. E se alguém nos pega?


- Ninguém vai nos pegar, caralho. Nós já fomos pegos alguma vez?


- Não, mas eu não quero... Pare!


- O que você quer, hein? De qualquer jeito, seu maldito namoradinho não está aqui, né?


- A gente realmente não pode... Não é certo... Você precisa parar...


- ...


- Você não me ouviu?


- Vamos! Eu sei que você quer fuder... Nós não fazemos isso há uma semana, merda.


- Não é não, ponto final. E vista a cueca e saia do meu quarto.


- Mamãe e papai estão fora.


- Sim, mas...


- Nós temos pelo menos três ou quatro horinhas.


- E se eles nos pegarem?


- Eles não vão nos pegar. Vamos, vai? Por um acaso você tem transado com ele?


- Não é da sua conta, besta!


- Isso aqui é tanto meu quanto dele.


- Uh, ah, ah.


- A gente faz e pronto. Não se estresse. Larga de mimimi.


- Ahhhh.


- Você não quer estragar tudo de novo, né? Porra, não finja que não.


- Você sabe que eu quero, mas eu não posso mais. A gente não pode mesmo. Tira a mão daí, já avisei.


- Por favor, uma rapidinha então?


- Você pode bater uma punheta se quiser, mas só isso.


- Sério?


- Sério.


- Olhando você, eu me masturbo fácil.


- Tudo bem. Isso é, se você quiser.


- Você não quer nem bater uma para mim?


- Não.


- Merda! Oh Deus, está bem. Está bem.


- Beleza.


- Fique apenas paradinha aí, desse jeitinho mesmo.


- Se pingar no meu lençol, você morre.


- Não vou deixar. Ah, hum, ah, ah, hum, ah.


- Você já terminou?


- Cala a boca! Ah, hum, ah, humm, uh, ah, uh. Eu posso só tocar no seu peitinho?


- Peitinho?


- Ah, Humm, hummm, uh, hummm, ah, hummmmm. Você poderia cuspir nele?


- Pufh.


- Oh, Deus. Ah, hummm, ah, oh, hummmmmmm, ah, oh. Só mais um pouquinho, por favor.


- Você não faz nada sozinho, né?


- Ah, ah, uh.


- Pufh.


- Humm, humm. Ah, ah, ah, ah, oh. Hummmmmmmmmmmm.


- Você tá me tocando muito.


- O quê?

E Aí, Gostou? - conto de Diálogos Urbanos

- Você tá exagerando. O combinado era só para olhar.


- Ok. Uh, oh, uh, hummm, ah, uh, oh, ah, hummm.


- Ah, ah.


- Hummm, ah, hummm, ah.


- Ai, ah, ah, ah, oh.


- Ah. Vamos.


- Ah, hummm, hummm.


- Você sabe o que tem que fazer.


- Glug, glug, glug.


- Shiiii. Oh, caralho!


- Glug, glug, glug.


- Você é uma irmãzinha maravilhosa, sabia?


- Glug, glug, glug.


- Oh, porra. Sim, sim. É para lamber tudinho. Ah! Assim. Hummmmmm.


- Glug, glug.


- Aí, aí mesmo, oh, ah, ah. Hummmmm, merda. Hummmmm. Oh, Deus!


- Hummm. Ah, ah, hummmmm.


- Quem tá aí dentro?


- Sou eu.


- O que você tá fazendo? Que barulho é esse?


- Nada.


- Não vai me dizer que tá vendo vídeo no celular?!


- Não...


- Que merda! Era o que me faltava. Espero que dessa vez você não tenha pegado minha calcinha.


- Não!


- Saía já daí que eu preciso tomar banho.


- Pera um pouco.


- Pera aí porra nenhuma. Vou chamar a mamãe. Maaaaaaaaãe, o Alexander tá trancado no banheiro de novo. Tá vendo aqueles vídeos de sacanagem. Fala para ele que eu preciso trabalhar.


- Alexander, abra já essa porta. A Hannah tem que se arrumar.


- Já vou.


- E aí, gostou?


- Claro que não. Só tem putaria. Você só escreve putaria!?


- Não. Esse é o primeiro conto de sacanagem. Os outros são sérios.


- E esse lance do irmão transando com a irmã, se masturbando com a calcinha dela? É muito doentio.


- Sei lá. São coisas que acontecem.


- Tá bom. Agora feche o computador e vamos descer que a pizza está quase chegando.


- O que a gente vai fazer hoje, hein?


- Fazer como?


- Você não vai sair, né? E estamos sozinhos em casa. Sei lá, fazer algo diferente para movimentar o sábado à noite.


- Eu ia ler no meu quarto.


- E se a gente jogasse cartas?


- Jogar carta? Há quanto tempo eu não ouço isso? Um século, talvez. Que coisa mais antiga.


- A gente pode dar uma apimentadinha, sabe? Você já jogou strip poker?


- Puta que pariu! Era o que me faltava: meu irmão caçula tarado em mim.


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