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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural – literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura, gastronomia, turismo etc. –, o Blog Bonas Histórias analisa de maneira profunda e completa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 44 anos e mora com um pé em Buenos Aires e outro na capital paulista. Atuando como editor de livros, escritor (ghostwriter), redator publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural e pesquisador acadêmico, Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

Dança: Bolero – A história e os passos do ritmo mais romântico da Dança de Salão

  • Foto do escritor: Marcela Bonacorci
    Marcela Bonacorci
  • 29 de set.
  • 11 min de leitura

Conheça o surgimento, o crescimento, as influências e as principais características do Bolero, dança nascida na Espanha no século X e modernizada em Cuba e no México entre o final do século XIX e o início do século XX. Famosa pelo romantismo e pela elegância, essa modalidade é capaz de nos surpreender até hoje.


Dança Bolero: Marcela Bonacorci apresenta na coluna Dança a origem, a evolução, as influências, as características e os principais passos de um dos ritmos mais românticos e elegantes da Dança de Salão

Sei que fazia um tempinho que estava longe da coluna Dança. Nossos últimos encontros por aqui foram em junho e fevereiro de 2024, quando falamos, respectivamente, da Salsa, o contagiante e frenético ritmo caribenho, e do Tango, a apaixonante e intensa modalidade argentina. Mas não se preocupem: estou de volta ao Bonas Histórias para tratar das belezas e dos desafios do universo dançante. E para aquecer (ou descongelar) os corações nesse fim de inverno, vou debater hoje uma das danças mais românticas que conheço. Vamos devagarinho, passo a passo, deslocando dois para lá e dois para cá. Vale até um rostinho colado para os casais que já tem mais afinidade. E aí, já conseguiu imaginar sobre qual ritmo iremos nos aprofundar neste novo post?


Convido a todos para um bailar nostálgico, cheio de encantos, histórias e surpresas pelos mais célebres salões aristocráticos do império espanhol. Vamos adentrar, assim, nos passos, na passionalidade e na melodia do Bolero, um dos ritmos da Dança de Salão mais tradicionais e queridos. Vale dizer que o Bolero vem conquistando os corações e os pezinhos de muitos casais de dançarinos até os dias atuais. Muitas pessoas podem até, num primeiro instante, ter certo preconceito com uma modalidade tão antiga e com ar formal. Contudo, logo se envolvem pela sua elegância e por sua atmosfera romântica. Se você é daqueles que ainda veem o Bolero como um ritmo pouco divertido, continue comigo por esse bailar de linhas. Quero provar que essa dança também tem incontáveis charmes e vai conquistar sua preferência na hora de entrar no salão de dança.


Infelizmente, muitos aspectos e pormenores da História da Dança se perderam ao longo dos séculos. Por muito tempo, não havia a concepção de se registrar os acontecimentos sobre essa arte. Porém, juntando um registro aqui com um pedacinho de história acolá, conseguimos ter uma ideia aproximada das origens, evoluções e alcances de alguns ritmos. Por isso, o nascimento do Bolero é um tanto incerto. Não há evidências que comprovem onde ele teria surgido exatamente. Alguns acreditam que tenha nascido na Espanha. Outros falam que seu verdadeiro berço foi Cuba. Nessa polêmica inicial, eu acredito mais na versão que confere sangue espanhol ao Bolero e vou explicar o porquê.


No século X, durante o domínio árabe na Península Ibérica, existia uma dança chamada de Bolero de Algodre. O termo “bolero” teria duas possíveis origens: “boleras” eram as bolas que ornamentavam os vestidos de influência cigana que as dançarinas espanholas utilizavam em suas apresentações; e analogia à palavra “volero” (de “volar” – voar), referência à ideia de que as dançarinas, que ao se movimentarem com vestidos longos, pareciam voar pelo salão. Ou seja, o nome desse estilo de dança teve origem na Espanha.


Confira a história, o romantismo e elegância do Bolero, a modalidade de Dança de Salão originada na Espanha e modernizada em Cuba e no México

Nessa época, séculos X e XI, as músicas do Bolero de Algodre já tinham temáticas mais românticas, mas ainda com forte ligação religiosa. Na Idade Média, é bom que se diga, a Igreja Católica era a instituição mais importante em grande parte da Europa e da Península Ibérica. A dança era executada por um homem e duas mulheres, com movimentos elegantes e suaves. Em nenhum momento, os dançarinos se abraçavam, como hoje é característico da Dança de Salão. Eles dançavam quase sem se tocar, em movimentos que alternavam entre o afastar e o aproximar. Naqueles tempos, esse vai e vem corporal adquiria alguma sensualidade.


Muitos séculos mais tarde, essa dança e essa música continuaram fazendo parte da cultura espanhola. Contudo, pouco a pouco, o Bolero foi ganhando novos passos, jeitos e contornos, diferenciando-se dos elementos originais. Um marco para o ritmo dançante se deu em 1780, quando o bailarino espanhol Sebastian Cerezo colocou o seu estilo pessoal nos movimentos. Ele adicionou figuras mais simples e compassos mais lentos. Sob influência das danças francesas, o Bolero passou a ser executado por apenas duas pessoas. Além disso, o casal começou a se aproximar mais. Dessa maneira, a modalidade adquiriu o status de dança popular em seu país. Ele não só conquistou a preferência de dançarinos nos salões de baile da corte espanhola, como também caiu no gosto de grande parte da população. Num período em que a Espanha era uma das principais potências mundiais e colonizava regiões nos quatro cantos do planeta, sua dança nacional era propagada com orgulho pelos espanhóis em suas viagens ao exterior.  


E foi assim que os passos cadenciados e românticos do Bolero chegaram à Cuba por volta dos anos de 1880. Curiosamente, foi somente nessa época que o ritmo ganhou, na América Central, as características que conhecemos hoje. Esse é o motivo que leva muita gente a afirmar que o berço do Bolero seria a ilha caribenha. Há, inclusive, quem aponte o nascimento dessa modalidade com o lançamento da música “Tristeza” do cubano José Pepe Sanchez.


Em Cuba, o Bolero se misturou com as músicas e os estilos africanos e ganhou elementos dançantes mais versáteis, como os giros. O que não mudou muito foi a melodia sentimental, há muito tempo mais pagã e menos religiosa. O casal de dançarinos também passou a ficar com os braços entrelaçados e os corpos colados. A aristocracia e a burguesia cubana receberam bem o novo estilo, mas com uma ressalva: as filhas deveriam dançar com os quadris mais afastados dos seus pares. Foi nesse momento em que o ritmo passou a ser chamado, em terras cubanas, apenas de “El Bolero”.


Referência da cultura espanhola, o Bolero é um dos ritmos mais populares e tradicionais da Dança de Salão

Com a repaginada, o Bolero chegou ao México. No novo país, ele absorveu as influências da cultura local e ganhou ainda mais força e colorido. Foram incorporados à dança ainda mais giros e misturaram-se passos lentos com passos acelerados. A mudança de dinâmica contribuiu para que o ritmo se espalhasse mais rapidamente por toda a América Latina. Não por acaso, ele está até hoje muito presente no Brasil, Porto Rico, República Dominicana, Argentina, Colômbia, Peru e Uruguai. Assim, o México pode ser considerado o país que mais modificou o Bolero e o moldou para a versão que conhecemos atualmente.


Nessa nova fase, a música teve profundas alterações. O Bolero passou de um ritmo ternário para um compasso binário e quartenário. Como consequência, a diversificação melódica impactou na forma como os dançarinos se expressavam. Seus passos se tornaram mais ritmados, alternando entre o lento e o rápido. A poética musical, no entanto, se manteve fiel às origens. Os versos seguiram falando de amor, felicidade conjugal, incertezas da vida à dois e desespero pela perda da pessoa querida. As maiores diferenças foram na utilização de letras mais elaboradas e no emprego de linguagem mais culta e sofisticada.


Em cada país que chegava, o Bolero absorvia algumas das particularidades da cultura local. O que permaneceu mais ou menos homogêneo foi o ritmo com pegada mais lenta, o que sempre intensificou o clima romântico e é justamente uma das marcas dessa modalidade. Para quem conhece a Rumba, outra das danças cubanas, ela até pode se parecer com o Bolero, mas com uma proposta mais rápida e com mais variações de movimentos. De tão queridinho, o Bolero influenciou outros estilos como a Salsa, o Mambo e o Cha Cha Cha. Nos anos de 1960, na República Dominicana, surgiu uma variante do Bolero, a Bachata, que é moda atualmente em vários países (inclusive no Brasil). Ainda iremos nos aprofundar nesses outros ritmos latino-americanos em novos posts da coluna Dança, exclusividade do Bonas Histórias.


Se você ainda não está relacionando o Bolero às suas músicas, acho que posso ajudar. Muitas canções famosas desse ritmo conquistaram a preferência de grandes intérpretes nacionais e internacionais. No Brasil, temos Altemar Dutra, Trio Irakitan, Nana Caymmi, Emilinha Borba, entre outros. No exterior, os mais conhecidos são Trio Los Panchos, Agustin Lara, Bienvenido Granda, Pedro Vargas, Consuelo Velásquez, John Serry Sr., Armando Manzanero e Lucho Barrios. Uma figura mais contemporânea é o cantor mexicano Luis Miguel, que tem uma legião de fãs. Seu último show no Brasil aconteceu em 2024, no Allianz Park, em São Paulo. O estádio estava lotado com uma plateia eclética.


Dança espanhola extremamente passional, o Bolero tem passos tradicionais que fazem com que os casais dancem bem agarrados

Os Boleros mais famosos surgiram em Cuba. O primeiro sucesso internacional foi “Aquellos Ojos Verdes”, de 1929, do cubano Nilo Menéndez. No mesmo ano, “Quiéreme Mucho” foi lançado por Gonzalo Roig. Em 1946, Bobby Collazo criou “La Ultima Noche”, que ganhou fama com a interpretação de Pedro Vargas. Dessa época, tivemos “Dos Gardénias”, criação de Isolina Carrillo que catapultou a carreira do cantor Daniel Santos.


O México também contribuiu com grandes Boleros. O maior sucesso do país foi “Bésame Mucho”, do compositor Consuelo Velásquez. Criado em 1941, esse hit teve grandes intérpretes em vários países. Beatles, Plácido Domingo, Diana Krall, Frank Sinatra, Céline Dion, João Gilberto e Simone foram alguns de seus mais famosos intérpretes. No final da década de 1940, Armando Manzanero contribuiu com “Contigo Aprendi”, “Adoro” e “Esta Tarde Vi Llover”, entre tantos sucessos. No Brasil, o maior expoente foi Lindomar Castillo, conhecido como o “Rei do Bolero”. Na década de 1970, ele compôs (ao lado de Ronaldo Adriano) e cantou “Você é Doida Demais”, grande sucesso nas rádios nacionais.


Agora vamos nos ater à dança propriamente dita. Afinal, estamos na coluna Dança, né? No Brasil, o Bolero ganhou uma nova roupagem, o que o diferencia das danças praticadas nos demais países da América Latina. Em nosso país, ele pousou no Rio de Janeiro, onde ganhou influência do Samba e do Tango e adquiriu características peculiares. Até o início da década de 1990, seguiu de forma mais ou menos homogênea nas demais regiões. Os passos básicos (e quase que constantes) eram os famosos dois para lá e dois para cá.


Em 1994, o Bolero carioca chegou em São Paulo. Roberto Mendonza, que foi meu primeiro professor de Dança de Salão, contratou dois grandes dançarinos cariocas: João Carlos Ramos e Elaine Delatorre. Eles introduziram na capital paulista o estilo carioca. Foi na escola de dança de Mendonza, a Strapolos, que o Bolero, como dançamos hoje em dia no Sudeste, foi inaugurado em terras paulistanas. Essa escola, onde comecei a dar meus primeiros passinhos, sempre teve o papel de trazer as novidades da dança do Brasil inteiro para São Paulo. Nessa época, Roberto Mendonza também contribuiu para a chegada por aqui do Samba de Gafieira e do Rock-Soltinho, com o linguajar mais acadêmico da Dança de Salão que conhecemos atualmente.


Modalidade dançante com fãs nos quatro cantos do planeta, o Bolero é a Dança de Salão em que o casal dança colado e baila o famoso dois para lá e dois para cá

É quase impossível não nos apaixonarmos pelo Bolero ao vermos alguém dançando. Em nosso país, essa modalidade de dança variou bastante quando comparada aos demais países do continente. Por aqui, ela vai muito além dos movimentos básicos e lentos. O Bolero brasileiro mistura passos cadenciados, realizados a tempo de forma lenta e pausada, com outros de grande explosão, feitos em contratempo. Priorizando a elegância, os dançarinos mantêm a postura ereta e esticam as pernas ao máximo para frente e para atrás para alongar o movimento.


As bases do Bolero são simples e até mesmo muito parecidas com as do Forró. Essa dança mistura a base lateral, o famoso e já citado dois para lá e dois para cá, com a base frontal, em que a perna esquerda desloca para frente em um vai e volta e a direita fica para trás, também indo e vindo. Por ser um ritmo romântico, o casal tem que dançar abraçado e bem agarradinho. É importante não deixar espaço livre entre o casal. O braço direito do condutor envolve a conduzida pelas costas e o braço esquerdo dela fica por trás do ombro dele. As outras mãos ficam abertas e juntas, fechando a dança.


Se você não desistir nos primeiros passos, logo estará se mexendo com Trocadilhos, Caminhadas, Cruzadas e muitos Giros. Do Samba e do Tango, o Bolero trouxe os ganchos de pernas, que são os encaixes entre o casal, e o deslocamento contínuo pelo salão, sempre respeitando o direcionamento anti-horário da roda e as figuras de grande expressão.


No Bolero, os dançarinos emulam o tempo inteiro a arte da conquista e da sedução. A conexão entre o casal se dá pelo abraço e pelas torções de tronco. Apesar de ser um ritmo mais sentimental, a maior parte dos passos acontece quando cavalheiros e damas estão posicionados lado a lado e não totalmente de frente. A dança inicia-se com os dançarinos frente a frente. Entretanto, logo em seguida, o condutor já sai ao lado. Ainda assim, ele mantém o tronco conectado ao da conduzida, em uma delicada torção de peito para que o par possa seguir olhando um para o outro. É assim que ambos os dançarinos giram pela pista, na maioria das vezes mantendo o deslocamento.


Quero muito incentivar os leitores da coluna Dança para que comecem a bailar esse estilo o quanto antes. Por isso, vou deixá-los familiarizados com as nomenclaturas dos principais passos do Bolero. Por exemplo, a Cruzada ocorre geralmente no lugar onde o dançarino faz suas pernas cruzarem por trás da outra, enquanto o parceiro faz o mesmo, só que levando a cruzada pela frente. O passo é lento, sempre com uma pausa alongada a cada cruzada.


Na coluna Dança, Marcela Bonacorci apresenta as características e os principais passos do Bolero, a romântica e elegante dança espanhola que emociona tantas pessoas até hoje nos quatro cantos do planeta

O Trocadilho deriva desse movimento, mas acontece a partir do deslocamento pelo salão. As pernas vão alternando o movimento, cruzando pela frente e por trás em uma sequência eletrizante, sem pausas, apenas em contratempo. Nesse momento, cabe até uns giros de quem está sendo conduzido. O “S” é o movimento que pode ser executado pelos dois dançarinos, não necessariamente juntos, igual ao que se passa no Tango. Os pés desenham a letra "S" pelo chão, em um movimento contínuo que lembra muito mais a figura do número 8.


O Leque também é bem característico do Bolero. O casal se posiciona bem ao lado, com os dois dançarinos virados na mesma direção, e desloca os pés lateralmente. Assim, entram na frente um do outro de forma alternada, com as pontas dos dedos fazendo o semicírculo de um leque pelo chão. Por sua vez, o Túnel é o passo de giro do condutor. Ele caminha para trás, a partir de um giro. Daí em diante, os movimentos seguem as combinações desses elementos, que fazem surgir muitos outros, como o Lápis, a Tolha, o Ioiô, a Trava, o Penteado etc. Sempre rodando o salão com movimentos ora lentos, ora rápidos, o Bolero brasileiro é muito mais dinâmico e envolvente.


No início dessa nossa conversa do Bonas Histórias, mencionei que muitas pessoas ainda têm certo preconceito com o Bolero. Pensam se tratar de uma dança parada, pouco animada e voltada exclusivamente para pessoas idosas. Porém, essa impressão está totalmente deslocada da realidade. O Bolero é divertido e envolve dançarinos de todas as faixas etárias com o seu dinamismo e sua versatilidade. Minha afirmação se aplica tanto aos passos dançantes quanto às músicas. Com os poucos passos que acabei de apresentar, poderíamos dançar várias músicas sem repeti-los. Afinal, eles possuem incontáveis variações.


E não é apenas a dança que irá surpreendê-los. A música também é contagiante. Para se dançar essa modalidade, não é necessário ficar restrito ao seu gênero musical. Por ser uma dança romântica, o Bolero pode ser praticado e experimentado ao som de uma grande gama de possibilidades sonoras. A única exigência é que a canção seja romântica. Esse dinamismo faz com que o ritmo atraia públicos de várias gerações e de gostos musicais ecléticos. É muito legal dançar Bolero com músicas da MPB, Michael Jackson, Maroon 5, Backstreet Boys, Ed Sheeran, Michael Bublé, Madona, Djavan, Marisa Monte e Shakira.  


Espero ter feito seus pezinhos coçarem de vontade de dar uma dançadinha. E gostaria que os corações dos leitores vibrassem e sonhassem com essa dança romântica e elegante por natureza. Assim, concluo o post sobre o Bolero já pensando no próximo conteúdo da coluna Dança. E não se preocupe porque nosso novo encontro será em breve. Não ficaremos mais tanto tempo sem nos vermos por aqui. Acho que até o fim de 2025 ou no mais tardar no início de 2026, trarei novidades dançantes ao blog. Até lá!


Dança é a coluna de Marcela Bonacorci, dançarina, coreógrafa, professora e diretora artística da Dança & Expressão. Esta seção do Bonas Histórias apresenta mensalmente as novidades do universo dançante. Gostou deste conteúdo? Não se esqueça de deixar seu comentário aqui. Para acessar os demais posts sobre este tema, clique na coluna Dança. E aproveite também para nos acompanhar nas redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.

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