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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

  • Foto do escritorRicardo Bonacorci

Recomendações: Séries da ficção literária internacional que valem nossa leitura (Parte I)

Veja as quatro primeiras coleções de romances estrangeiros que na certa vão agradar aos leitores mais exigentes.

Recomendações do Blog Bonas Histórias - Melhores séries da ficção literária internacional

Faz um tempinho que não produzo um post para a coluna Recomendações com sugestões de livros memoráveis. Acho que a última lista de boas leituras que deixei no Bonas Histórias foi no começo da pandemia da Covid-19, em abril de 2020. Ou seja, lá se vão quase dois anos e meio. Naquele momento, enumerei 15 livros tijolões para serem lidos na quarentena. Agora quero debater com vocês 12 séries literárias da ficção internacional que gostei muito de ter conhecido nos últimos anos. Afinal, não é porque o mundo está começando a voltar ao normal (está mesmo?!) que iremos parar com as leituras, né? No meu caso, o normal (se bem que nunca ouvi esse termo saindo da boca daqueles que me conhecem, pelo menos não para descrever minha rotina...) é exatamente mergulhar nos bons e variados títulos da ficção literária.


Para esse post não ficar tão grande (repare no uso da palavra tão!), resolvi dividi-lo em três partes. Em agosto, vou apresentar as quatro primeiras séries narrativas da ficção internacional que me lembro de ter curtido bastante e que valeram a leitura. Em setembro, volto com outras quatro coleções literárias. Por fim, em outubro, encerro a listagem com mais quatro sagas. A ideia é apresentar obras de autores de vários cantos do planeta (Estados Unidos, Japão, Suécia, Inglaterra, Portugal, França, Itália e Austrália) e dos mais diferentes gêneros (suspense noir, fantasia, thriller policial, literatura infantojuvenil, distopia, aventura histórica, humor, drama, ficção científica e literatura erótica).


Importante dizer que a ordem da exibição das coleções de romances não respeita quaisquer critérios qualitativos (excelência literária), quantitativos (extensão de páginas) nem comerciais (número de exemplares vendidos). Simplesmente vou listar as séries literárias de acordo com o que minha memória ditar. O que posso afirmar é que todas são espetaculares e mexeram muito comigo. Adorei lê-las e seus livros estão em um canto especial na estante da minha biblioteca.


Se você se amarra em tramas longas que percorrem várias páginas e se estendem por alguns volumes, não perca o conteúdo desse e dos próximos dois posts da coluna Recomendações. Confira, a seguir, a primeira das três partes com as 12 séries literárias da ficção internacional que valem nossa leitura:


1) Coleção O Talentoso Ripley – Patricia Highsmith (Estados Unidos) – Suspense noir – “O Talentoso Ripley” (1955), “Ripley Subterrâneo” (1970), “O Jogo de Ripley” (1974), “O Garoto que Seguiu Ripley” (1980) e “Ripley Debaixo D´Água” (1991).

Coleção O Talentoso Ripley (The Ripliad) – Patricia Highsmith

Começamos nossa jornada pelas coleções literárias internacionais pelas obras mais famosas de Patricia Highsmith. A Série O Talentoso Ripley (também chamada pelos fãs de The Ripliad”) é um clássico da literatura policial norte-americana e da ficção noir. Seu grande charme está no protagonista da saga, Tom Ripley. Ele é um trambiqueiro extremamente inteligente e talentoso. Se por um lado Ripley é frio e calculista, por outro é charmoso, culto e encantador. O tempo inteiro ele está praticando seus crimes e fugindo da polícia. Nunca torcer pelo criminoso foi tão empolgante quanto nas páginas de Patricia Highsmith. Ou seja, temos aqui um dos mais incríveis anti-heróis da literatura do século XX.


Dos cinco livros da coleção, o melhor é disparadamente o primeiro: “O Talentoso Ripley” (Companhia de Bolso), romance de 1955. Essa publicação ganhou vários prêmios literários nos Estados Unidos e na Europa, se tornou best-seller mundial e foi adaptado para o cinema já em 1960. Nesse título, Tom viaja para a Europa para convencer o filho de um ricaço norte-americano a voltar para a América. Contudo, uma vez desfrutando da boa vida no Velho Continente (as custas, obviamente, dos novos amigos), o protagonista fará de tudo (tudo mesmo!!!) para continuar com a rotina farta e abundante.


Esse é um livrão, um dos melhores romances policiais noirs que já li. Para ser sincero, não gostei muito dos demais volumes da série. É verdade que eles não são obras ruins (longe disso, tá?). O que acontece é que as continuações não são tão incríveis quanto “O Talentoso Ripley”, o primeiro título da saga de Tom.


Em “Ripley Subterrâneo” (Companhia das Letras), o segundo livro de “The Ripliad” que foi lançado em 1970, assistimos ao protagonista já casado com a filha de um milionário francês. Apesar de possuir uma fortuna, Tom Ripley continua praticando seus crimes. Afinal, uma vez trambiqueiro... O problema é que para encobertar suas tramoias, ele acaba cometendo um (novo) assassinato. Aí será difícil escapar da polícia, que já estava na sua cola. Será que Ripley verá, enfim, a cor das grades?! Se ele não fosse tão esperto (e larápio!!!), já estaria preso há um tempão.


“Ripley Subterrâneo” reserva muitas surpresas, boas cenas de ação e muito suspense. O problema é que parte das características mais interessantes de Tom Ripley foram perdidas (como sua sexualidade indefinida e o complexo de inferioridade). Aqui ele não é um sujeito tão misterioso nem tão complexo quanto no primeiro romance. Em outras palavras, Tom deixa de ser uma figura redonda e passa a ser uma figura plana.


Uma possível explicação para essa queda narrativa da coleção é a perda de timing de Patricia Highsmith para produzi-la. Ela demorou décadas para dar sequência ao seu maior sucesso. Vale lembrar que o primeiro livro de “The Ripliad” é da década de 1950 (auge criativo da escritora) e os demais títulos são dos anos 1970, 1980 e 1990 (quando o apogeu literário da norte-americana já tinha ficado para trás). Mesmo assim, vale a pena conhecer as peripécias de Tom Ripley para fugir da polícia e manter seu estilo de vida extravagante e luxuoso.


2) Trilogia 1Q84 – Haruki Murakami (Japão) – Fantasia – “1Q84: Livro 1” (2009), “1Q84: Livro 2” (2009) e “1Q84: Livro 3” (2010).

Série 1Q84 / Trilogia 1Q84 - Haruki Murakami

A Série 1Q84 é o projeto editorial mais ambicioso de Haruki Murakami, o mais carismático escritor japonês da atualidade (que Kazuo Ishiguro e Kenzaburo Oe não me ouçam/leiam!). Murakami tem livros melhores que essa coleção? Tem. “Norwegian Wood” (Alfaguara) é, por exemplo, o meu favorito. Murakami tem obras mais divertidas? Tem. Aí o campeão, pelo menos para mim, é “Caçando Carneiros” (Alfaguara). Contudo, o que faz a Trilogia 1Q84 ser tão especial é o caráter único de sua trama quando olhamos a literatura de Haruki Murakami. Essa é a primeira série romanesca do autor japonês, ideia que o público comprou quase que instantaneamente. Além disso, ela mistura vários gêneros literários: fantasia, trama policial, drama psicológico, suspense, distopia, romantismo... Não por acaso, essa saga ficcional vendeu como água nas livrarias dos quatro cantos do mundo nos últimos 13 anos.


Obviamente inspirada em “1984” (Companhia das Letras), distopia clássica de George Orwell, a Série 1Q84 é uma aventura fantástica que se passa (o mais adequado seria dizer que ela começa) no ano de 1984. A letra Q na data/título se deve a uma particularidade inusitada do enredo: a existência de um mundo paralelo. Por falar nisso, abração para Uranio Bonoldi e Eduardo Villela! De certa forma, esse universo alternativo leva a dupla de protagonista para uma realidade inusitada e perigosa. Aoname é uma jovem assassina profissional que trabalha como instrutora de artes marciais em uma academia de Tóquio. Tengo Kawana é um professor de matemática da capital japonesa que sonha em ser romancista. Ambos são solitários e profundamente melancólicos (características marcantes das personagens da literatura de Murakami).


Em “1Q84 – Livro 1” (Alfaguara), assistimos aos dramas pessoais e profissionais de Aoname e Tengo de maneira individualizada. As histórias da dupla acontecem paralelamente (cada uma é descrita em um capítulo). Apenas no final do romance temos a intersecção das duas linhas narrativas (e também dos dois mundos alternativos). Em “1Q84 – Livro 2” (Alfaguara), Aoname e Tengo viram alvo de uma misteriosa, poderosa e cruel seita religiosa. Enquanto fogem dos inimigos em comum, eles acabam se esbarrando e algo especial nasce desse relacionamento. Mais do que escapar, o casal de protagonista quer agora ficar junto. Em “1Q84 – Livro 3” (Alfaguara), a seita religiosa contrata Ushikawa, o mais talentoso detetive particular do Japão (ou deveria dizer assassino profissional?), para caçar Aoname e Tengo custe o que custar. Será que os protagonistas conseguirão fugir das garras (e da inteligência apuradíssima) de Ushikawa, hein?


Essa série literária de Haruki Murakami possui 1.280 páginas e encanta pelas inúmeras e inusitadas surpresas que o texto nos reserva. E olha que eu não sou tradicionalmente muito fã de tramas fantásticas! Não faltam aqui mistérios, cenas de ação, humor, maluquices que só os mundos paralelos são capazes de proporcionar e romantismo. O mais legal é notar que mesmo com a fragmentação da narrativa em dois polos distintos, os leitores não ficam confusos (um risco que corríamos). Além do mais, não há parte chata ou monótona ao longo dos três livros. Incrível!


Confesso que adorei a Trilogia 1Q84. Ouço com frequência algumas pessoas falarem: “Haruki Murakami não é tudo isso! Ele é mais um autor comercial do que um escritor cult”. Respeito essa opinião. Porém, para mim, quando pego um livro e, principalmente, uma série ficcional para ler, não estou lá muito preocupado se o autor é mais comercial ou cult. O que quero é ser impactado pela experiência literária e degustar uma excelente história do começo ao fim. E Murakami entrega sim uma belíssima coletânea literária com muitos elementos charmosos e convidativos. Se eu já era fã de sua literatura, depois da Série 1Q84 fiquei mais ainda.


3) Série Millennium – Stieg Larsson (Suécia) – Thriller policial – “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (2005), “A Menina que Brincava com Fogo” (2006) e “A Rainha do Castelo de Ar” (2007).

Série Millennium / Trilogia Millennium - Stieg Larsson

Não se engane com a aparente tranquilidade e harmonia dos países nórdicos. Eles escondem uma literatura policial das mais vibrantes, viscerais e, por que não, interessantes. Prova disso é a Série Millennium, do sueco Stieg Larsson. Publicada postumamente (o autor faleceu em 2004) entre 2005 e 2007, essa trilogia se tornou best-seller mundial e foi levada para o cinema tanto por produções locais quanto por produções hollywoodianas. Nas páginas da mais celebrada coletânea ficcional de Larsson, mergulhamos no lado obscuro da Suécia – um lugar onde corrupção, assassinatos, estupros, torturas, chantagens, interesses político-econômicos, intimidações aos jornalistas, crimes cibernéticos, violação da intimidade pessoal e injustiças dão o tom. O resultado é espetacular para quem tem estômago forte para encarar cenas de grande violência e maldade.


O primeiro romance de “Millennium” é “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (Companhia das Letras). No volume inicial, acompanhamos os dissabores do jornalista Mikael Blomkvist com a Justiça. Sem trabalho e sem dinheiro por causa dos processos que está respondendo nos tribunais, ele aceita investigar o desaparecimento da neta de um milionário local. A garota sumiu misteriosamente há quase quarenta anos e a polícia até hoje não faz ideia do que aconteceu. Disposto a entender os segredos familiares que levaram a perda da netinha, o rico empresário não economizará no salário do jornalista.


Quem irá ajudar Blomkvist nessa empreitada é Lisbeth Salander. A moça é uma das melhores investigadoras de uma conceituada empresa privada de segurança. Se ela é fenomenal no trabalho (dona de uma inteligência ímpar e de uma habilidade descomunal com os computadores), por outro lado Lisbeth tem sérios problemas de sociabilidade, que a fazem parecer incapaz psicologicamente. Exatamente por isso, ela precisa ter um tutor, alguém que se responsabilize e a oriente da melhor maneira possível. No papel, isso é bonito. Na prática, ela se torna vítima de abusos sexuais do homem que devia protegê-la.


Mesmo com os sérios problemas pessoais que cada um tem, que os atormenta o tempo inteiro, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander vão se unir para descobrir o que aconteceu há quarenta anos. Inicia-se aí um thriller capaz de mexer com as emoções até mesmo dos leitores mais insensíveis. Stieg Larsson é um escritor de mão cheia e essa série literária é incrível!


Em “A Menina que Brincava com Fogo” (Companhia das Letras), o segundo título da Série Millennium, é a vez de Mikael Blomkvist ajudar Lisbeth Salander. A jovem investigadora é acusada de praticar um triplo assassinato. Suas digitais foram encontradas nas cenas do crime. Para a polícia não há dúvida: a Srta. Salander é uma serial killer. Do dia para a noite, ela se torna a pessoa mais procurada da Suécia. Sabendo que a amiga é inocente, Blomkvist fará de tudo para localizá-la (antes dos policiais) e, fundamentalmente, para tirá-la dessa enrascada. O problema é que Lisbeth não quer ser encontrada por ninguém. Pelo menos não antes de fazer justiça com as próprias mãos.


Acredite se quiser: “A Menina que Brincava com Fogo” consegue ser mais dinâmico, surpreendente, violento e forte do que “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”. Sim, isso é possível! E o que falar, então, de seu desfecho, hein? Ele é espetacular. O problema é que temos aqui um desenlace inconclusivo. Ou seja, a história não termina efetivamente. Isso seria um problema se a trama não prosseguisse no terceiro livro da Série Millennium. Aí entra “A Rainha do Castelo de Ar” (Companhia das Letras). Essa obra é a extensão natural do enredo de “A Menina que Brincava com Fogo”. Aqui temos, enfim, a conclusão dos problemas de Lisbeth Salander (uma das personagens mais incríveis da literatura contemporânea) com a Justiça da Suécia.


Ao falar da Série Millennium, é preciso dizer que a partir de 2015 a trilogia de Stieg Larsson se transformou em uma série literária com mais volumes. Até agora, ela tem ao todo seis livros. Como foi possível inserir outras publicações à coletânea se o autor morreu em 2004?! A resposta é simples: os três novos títulos da saga de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander foram produzidos por outro escritor, o também sueco David Lagercrantz. Pode isso, Arnaldo?! Sinceramente não sei. Essa alternativa me pareceu mais uma gambiarra editorial para vender mais livros do que uma escolha lógica e sensata.


De qualquer maneira, admito que não tive interesse de conhecer as três novas aventuras dos protagonistas mais famosos de Larson (ou seriam agora de Lagercrantz?!). Na minha visão, a Série Millennium original (estou me referindo, obviamente, a trilogia inicial de Stieg Larsson) é tão boa que não precisa de continuação.


4) Coleção Harry Potter - J. K. Rowling (Inglaterra) – Fantasia Infantojuvenil – “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (1997), “Harry Potter e a Câmara Secreta” (1998), “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” (1999), “Harry Potter e o Cálice de Fogo” (2000), “Harry Potter e a Ordem da Fênix” (2003), “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2005) e “Harry Potter e as Relíquias da Morte” (2007).

O maior sucesso da literatura infantojuvenil contemporânea tem nome e sobrenome. E ele atende por Harry Potter. A saga do carismático bruxinho vendeu mais de meio bilhão de livros e se transformou na série de maior êxito comercial da história do mercado editorial. Não por acaso, sua autora, a inglesa J. K. Rowling, se tornou bilionária e foi alçada ao posto de um dos grandes nomes da literatura mundial. Com o interesse enlouquecido do público pela trama de Harry Potter, os sete romances de Rowling foram adaptados para o cinema e viraram uma das franquias mais rentáveis da sétima arte.


O mais legal é notar que a autora inglesa construiu uma aventura fantástica de altíssimo nível. Diria mais: a Série Harry Potter tem uma qualidade literária raramente vista. Escolha qualquer um dos elementos da narrativa ficcional da saga do bruxinho e o avalie com olhares críticos (tanto pela perspectiva da Crítica Literária quanto pelos parâmetros da Teoria Literária). Na certa, você chegará à conclusão de que J. K. Rowling é uma escritora de enorme talento. Ela explorou a imaginação e a inteligência de crianças e adolescentes, o público-alvo prioritário da saga (se bem que tem muitos adultos que também acompanham avidamente as peripécias do bruxinho), e desenvolveu um universo ficcional riquíssimo ao redor do protagonista.


Os sete romances da Série Harry Potter são “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (Rocco), “Harry Potter e a Câmara Secreta” (Rocco), “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” (Rocco), “Harry Potter e o Cálice de Fogo” (Rocco), “Harry Potter e a Ordem da Fênix” (Rocco), “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (Rocco) e “Harry Potter e as Relíquias da Morte” (Rocco). Eles foram basicamente lançados em dois momentos. Os quatro primeiros títulos chegaram às livrarias britânicas entre 1997 e 2000. E os três últimos livros da coletânea foram publicados entre 2003 e 2007. Para quem gosta de efemérides (abração, Paulo Sousa!), em 2022 comemoram-se 25 anos da chegada de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, o primeiro volume da saga, ao mercado (e aos corações dos leitores).


Se eu tivesse que descrever o enredo dessa série de um jeitão sucinto, diria que Harry Potter é um menino que foi criado normalmente pelos pais adotivos até os 11 anos. Aí ele descobriu ser descendente de bruxo e foi convidado a ingressar na escola de magia e feitiçaria de Hogwarts. Como seus pais de criação não estavam acostumados com o universo mágico, a revelação de que o garoto possuía poderes especiais se tornou um tanto traumática e confusa para ele (pelo menos no início). Chegando à nova escola, Harry passou pelo tradicional ritual de iniciação dos bruxos e descobriu qual das quatro casas de Hogwarts ele deveria pertencer. A partir daí, ele passa por inúmeros desafios, descobertas e provações. Cada livro abrange praticamente um ano da vida do bruxinho na escola.


Como falei, essa série literária é espetacular. Cuidado apenas para não se viciar. E como sabemos se o sujeito ficou viciado em Harry Potter, hein? Se a pessoa ler os sete volumes em apenas um mês e/ou assistir compulsivamente aos filmes da saga em um único final de semana, saiba que ela está no caminho da perdição. Porém, se a criatura marcar uma viagem para Portugal porque quer conhecer as roupas dos alunos da Universidade de Coimbra ou a arquitetura da Livraria Lello em Porto, então aí sim ela chegou aos níveis mais sérios de vício literário.


Se você gostou desse post do Bonas Histórias, saiba que ele é apenas o primeiro de uma sequência de três. Afinal, como toda boa série literária teremos mais volumes pela frente. Em setembro, retornarei à coluna Recomendações com mais uma leva de quatro coleções da ficção internacional que valem nossa leitura. E em outubro encerrarei essa saga com mais um quarteto de séries estrangeiras que conquistaram os leitores mundão a fora.


E como eu sempre digo: enquanto o mundo gira e o tempo corre, a gente lê, fazer o quê?! Até a próxima.


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