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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

  • Foto do escritorMarcela Bonacorci

Dança: Primeiros Passos - Dicas para quem quer começar a dançar


Primeiros Passos da Dança - Dicas de Marcela Bonacorci para quem quer começar a dançar

Uma das novidades mais legais que pintaram no universo da dança nos últimos anos foi a explosão de coreografias que é postada diariamente nas redes sociais. Se você não chegou agora neste planeta, creio que já viu uma porção delas no Instagram, no TikTok, no Facebook. São pessoas de todas as idades se divertindo com passos ritmados ou gingados improvisados. Em poucos segundos, conseguimos ver a força e a magia da dança se concretizando. É uma overdose de serotonina para quem assisti e de adrenalina para quem pratica. Como dançar é uma atividade saudável e divertida, né?! Ela é capaz de trazer emoção e prazer aos dançarinos e de levar alegria e entusiasmo à plateia.


Foi pensando em quem deseja começar a dançar, e que logo mais poderá desfrutar desses benefícios, que fiz este post do Bonas Histórias. A ideia é tirar as principais dúvidas que costumam aparecer no momento crucial da vida do(a) novo(a) dançarino(a) – o começo da jornada pela dança. E olha que não estou me referindo apenas a quem deseja publicar vídeos nas redes sociais ou a quem pretende se tornar um profissional na área. Não! Quero falar com a multidão de dançarinos amadores, com todos aqueles que pretendem dançar para se divertir, para socializar, para perder peso ou para entrar em forma.


Assim, no texto de hoje da coluna Dança, vou mostrar o passo a passo do que você deve fazer para começar a dançar, independentemente dos motivos e da modalidade escolhida. São sete dicas infalíveis que recomendo para os(as) iniciantes. O que você está esperando, hein? Bora dançar comigo!

Sete dicas para quem quer começar a dançar

1. Coloque a dança na sua lista de prioridades.


Costumo dizer que o momento ideal para se começar a dançar é agora, agora mesmo! E para iniciar algo, a primeira providência é colocá-lo no topo da lista de prioridades. Parece um tanto óbvio, né? Contudo, muita gente não faz isso e acaba postergando para sempre o que tem vontade de realizar. Quando estamos inclinados a fazer algo, temos que estipular um prazo e colocar uma meta. Tipo: até semana que vem eu preciso me matricular em uma escola de dança; ou até o fim do mês tenho que fazer minha primeira aula de dança.


Se você ainda não se convenceu que o momento para dançar é agora, aproveite que estamos no começo do ano e mergulhe de corpo e alma nessa ideia. Afinal, janeiro é o mês em que fazemos a relação de metas para o novo ano. Listamos tudo o que queremos fazer de diferente, as pendências que vamos resolver e os sonhos que pretendemos concretizar. E por que não colocar a dança como uma das principais metas de 2021?


Se sua resposta for sim para a pergunta anterior, então esse texto é para você. Parta logo para o passo dois. Porém, se você ainda não incluiu a dança nas novas atividades para esse ano, mas na sua lista há itens como fazer uma atividade física, conquistar novos amigos, intensificar a socialização e cuidar mais da saúde física e mental, então continue ligado(a) neste post. Saiba que com a dança, você poderá ticar todos esses itens de uma só vez do seu planejamento pessoal.

Passo a passo de como começar a dançar

2. Descubra sua dança.


Uma vez convencido(a) que a dança é para você, o próximo passo é descobrir o seu estilo. Há diversas modalidades que você pode gostar e, como consequência, que você pode não gostar. As pessoas têm preferências e gostos distintos. Para saber o que irá agradar mais, assista a vídeos, pesquise, se informe, teste, pratique. Minha proposta é apresentar aos poucos, no Bonas Histórias, as diferentes modalidades dançantes. Já tratamos na coluna Dança, por exemplo, do Ballet Clássico, da Dança Moderna e Contemporânea e da Dança de Salão. Saibam que ainda virá muito mais pela frente em 2021.


Os vídeos são ótimos para ver a dança em movimento. Porém, cuidado! Eles mostram geralmente performances avançadas, o que pode intimidar um pouco o(a) iniciante ou quem deseja permanecer no amadorismo. Ao ver dançarinos em um estágio muito avançado, podemos achar que jamais alcançaremos determinado nível de excelência.


As danças são divididas basicamente em duas categorias: as danças realizadas em casal e as danças executadas individualmente. O que você prefere? A dança em casal é a Dança de Salão. E existem diversos estilos dessa modalidade. Naturalmente, você não precisa gostar de todos. Na Dança de Salão, temos os Sambas (de Gafieira, Pagode e Samba-rock), Salsa, Zouk, Sertanejo, Forró, Rock and Roll, Bolero, Valsa, West Coast, Lindy Hop e tantos outros ritmos.


Se você gosta de dançar à dois e aprecia algum desses ritmos, então você já pode ter encontrado sua modalidade. Saiba que nem sempre o ritmo que gostamos de dançar é também aquele que mais colocamos para ouvir no dia a dia. Conheço muita gente que não ouve Forró, mas adora dançá-lo. Isso é algo que só descobrimos com o tempo. Uma dica que costumo dar é: esteja aberto(a) ao novo e não tema experimentar ritmos diferentes. A Dança de Salão é ideal para quem quer sair para se divertir com os amigos (e não ficar sentado nas festas e nos encontros sociais).

Sete dicas para quem quer começar a dançar

As danças individuais são o Ballet, o Jazz, a Dança Moderna, a Dança Contemporânea, a Dança de Rua, o Sapateado, a Dança do Ventre e o Zumba, entre outros estilos. Essas são as modalidades em que os dançarinos praticam sozinhos. Ou seja, não há a necessidade de um par. Se você estiver buscando melhorar seu alongamento, a flexibilidade e a força muscular, as danças mais indicadas são o Ballet, o Jazz e a Dança Contemporânea. Os outros estilos também trarão esses benefícios, mas de uma forma mais demorada ou de um jeito mais limitado.


O Ballet é uma dança para quem gosta de disciplina e técnica. O Jazz mantém muito da proposta do Ballet, mas é bem mais dançante e descontraído. Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a dança Jazz não tem qualquer ligação com o ritmo musical homônimo. É possível dançar Jazz com diversas músicas. Já a Dança Contemporânea quebra com a rigidez e com o formalismo típicos do Ballet. Essa modalidade exige mais da consciência corporal do(a) dançarino(a) e usa e abusa dos movimentos livres, que se desenrolam tanto no chão quanto de pé.


A Dança de Rua compreende o Hip Hop e o Street Dance. Essas modalidades ajudam a desenvolver a coordenação motora através de músicas com batidas fortes e com coreografias que envolvem todo o corpo. O Sapateado é para quem quer acompanhar o ritmo da música com as batidas dos pés. Há o Sapateado Americano, na qual a dança não se restringe às coreografias dos pés. Ele também utiliza os braços para se expressar. Já o Sapateado Irlandês é uma dança restrita aos movimentos dos pés. A Zumba é uma dança para quem busca algo mais aeróbico e desprovido de técnica. Esse tipo de dança segue coreografias que cada um executa de acordo com suas habilidades e conforme seu preparo físico. A Dança do Ventre é uma modalidade mais feminina e sensual. Ela trabalha o corpo de forma sinuosa e expressiva.


E agora, será que já deu para você ter uma ideia de qual é a sua dança?

Passo a passo de como começar a dançar

3. Encontre um lugar para dançar.


Há diversas escolas e academias de dança que podem ajudar o(a) novato(a) nessa atividade. Procure dar preferência, inicialmente, para os estabelecimentos que estejam mais próximos de sua casa ou do seu trabalho. Essa proximidade física irá influenciar na sua frequência às aulas e facilitar sua logística no dia a dia. Pesquise se o espaço tem a dança que você gostaria de fazer.


Geralmente, as escolas de dança permitem a realização de aulas experimentais gratuitas. Elas são fundamentais para quem está procurando o seu estilo. Além disso, este tipo de aula permite ao(à) novato(a) conhecer a estrutura, o ambiente, os professores e os alunos. Invista seu tempo e energia nas aulas experimentais. E as faça sempre em turmas que estejam, como você, iniciando na prática dançante. No caso de você assistir às aulas de turmas mais avançadas, não se assuste. Lembre-se: você está começando e não pode se comparar a quem já está praticando há mais tempo.


4. Comece por uma turma do seu nível.


É importante você se sentir bem na modalidade de dança escolhida já na primeira aula. Lógico que ela não será fácil. Muito provavelmente, a primeira aula será a mais difícil de sua jornada como dançarino(a). Isso ocorre porque todas as informações são novas e o seu corpo ainda não está acostumado com a nova linguagem. Perseverança é fundamental. Se você gostou do estilo da dança, não desista na primeira aula. Faça a segunda, a terceira, a quarta, a quinta... Se dê pelo menos o tempo de um mês para o seu corpo adquirir essa nova forma de se expressar.


Comece sempre por uma turma de nível iniciante: adquirir as bases de qualquer modalidade é algo fundamental para o(a) dançarino(a). Se você iniciar em uma turma que for acima do seu nível, você terá mais dificuldades nas aulas. Nesse caso, há grande chance de você não conseguir acompanhar os colegas de turma e de sair frustrado(a). E com isso, poderá ter uma visão equivocada daquele estilo ou mesmo da aula. E aí você irá desistir da dança por razões equivocadas.

Sete dicas para quem quer começar a dançar

5. Espante a timidez e as inseguranças.


Algo que ouço corriqueiramente é: a dança não é para mim, sou muito tímido(a). Ou nunca vou conseguir dançar, tenho dois pés esquerdos – e não sou canhoto(a). De certa forma, três entre quatro alunos que chegam às aulas vem com esses discursos ou falando frases parecidas a essas. Espantar a timidez e dar um pontapé na insegurança são atitudes que o(a) dançarino(a) iniciante deve fazer. Lembre-se que, assim como tudo será novo para você nas primeiras aulas, também será dessa maneira para os demais alunos da sua turma. Em um ambiente em que todos estão no mesmo barco, os medos e os receios ficam mascarados.


Se você é muito, muito tímido(a) ou está extremamente inseguro(a), chame um(a) amigo(a) para ir junto na primeira aula. Depois ficará mais fácil para você dar continuidade, mesmo que sozinho(a). Você pode escolher fazer aulas particulares ou em grupo. As aulas particulares são recomendadas para aqueles mais receosos, para quem quer aprender um ritmo específico de forma mais personalizada ou até mesmo para aqueles que querem pegar um pouco mais de confiança antes de entrar em uma turma. As aulas em grupo são ótimas para dividirmos experiências, para socializarmos e para entendermos que todos temos dificuldades (muitas vezes parecidas).


6. Tenha persistência.


Normalmente, o passo mais difícil de qualquer dança é o primeiro passo: aquele que o(a) faz chegar até a primeira aula. Uma vez que você já chegou à escola e começou a praticar a modalidade escolhida, é preciso persistência. Como já falei, a primeira aula é a mais difícil de todas. O corpo precisa de um tempo para se adaptar a expressão corporal da dança, independentemente do estilo escolhido. Em pouco tempo (um ou dois meses), seu corpo se acostumará à intensidade dos exercícios e, até posso garantir, se viciará à dança. O mais legal é que, nesse caso, esse será o vício mais saudável e contagiante que você poderá ter em sua vida.

Passo a passo de como começar a dançar

7. Crie sua turma e adquira o hábito de sair para dançar.


Uma das principais vantagens da dança é a grande sociabilização que seus praticantes vivenciam. Mesmo nos ritmos executados individualmente, as aulas, as coreografias e os espetáculos são realizados com outros(as) dançarinos(as). Nas modalidades em casal, parte do aprendizado e da diversão está nas saídas à noite para se dançar com os amigos. É aí que a mágica da dança se intensifica. Por isso, cria a sua turminha da dança. Saía com os amigos para praticar o que você aprendeu nas aulas. Participe de espetáculos. Poste vídeos de suas coreografias nas redes sociais. Viva intensamente a dança no dia a dia.


O que eu sempre notei é que os(as) dançarinos(as) iniciantes que criam suas turmas para praticar as modalidades que gostam são aqueles que evoluem mais rapidamente e que dificilmente largarão as aulas depois. Dançar é um hábito que deve ser incorporado. E fazer isso ao lado de pessoas queridas e divertidas é melhor ainda.


Espero ter ajudado um pouco quem quer dar o primeiro passo na dança. Desejo que 2021 seja um ano muito dançante para todos. Então, agora sim, posso convidar: bora dançar! E para finalizar este post com uma frase de pura inspiração, cito Martha Graham: “A dança é a linguagem escondida da alma”. Lindo e certeiro!


Dança é a coluna de Marcela Bonacorci, dançarina, coreógrafa, professora e diretora artística da Dança & Expressão. Esta seção do Bonas Histórias apresenta mensalmente as novidades do universo dançante. Gostou deste conteúdo? Não se esqueça de deixar seu comentário aqui. Para acessar os demais posts sobre este tema, clique na coluna Dança. E aproveite também para nos acompanhar nas redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.

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