Recomendações: Cinema – Melhores Filmes do 1º Semestre de 2025
- Ricardo Bonacorci
- 28 de jul.
- 12 min de leitura
Atualizado: 13 de ago.
Confira quais foram os cinco longas-metragens que geraram as experiências cinematográficas mais marcantes na primeira metade deste ano.

Os leitores do Bonas Histórias mais antigos já estão acostumados com os posts da Retrospectiva do ano. Entre dezembro e janeiro, apresento uma série de listas com os melhores livros, filmes, músicas, peças teatrais e restaurantes que analisamos ao longo da última temporada cultural. De certa forma, essa é uma tradição do blog que remonta à sua criação em dezembro de 2014. Dezembro de 2014, Ricardo?! É isso mesmo, senhoras e senhores. Não me enganei com a datação. Essas páginas que seus olhinhos contemplam com um misto de desconfiança e incredulidade completaram uma década de vida. E desde o começo dessa trajetória, divulgamos o ranking dos destaques de cada ano nos mais variados campos artísticos.
Em 2025, contudo, aproveitei a boa safra de títulos literários e de produções cinematográficas dos primeiros seis meses para divulgar a coletânea de melhores leituras e filmes do primeiro semestre. Confesso que talvez a principal explicação para essa ligeira mudança de planos tenha sido a minha ansiedade. Poderia esperar para apresentar os campeões anuais em dezembro ou em janeiro de 2026? Poderia, sim. Mas quem disse que me seguro quando bate aquela vontade de mergulhar numa boa polêmica em plenos gélidos meses de junho e julho, né? Afinal, sempre que classificamos algo usando a subjetividade e os nossos gostos pessoais, estamos sujeitos a cometer injustiças e a praticar deslizes, aspectos que os leitores deste blog escondido nos recôncavos da internet normalmente não perdoam. Ai, ai, ai. Então se prepare porque lá vem discussão!
No mês passado, listei os cinco melhores livros que conheci de janeiro a junho deste ano. E agora, retorno à coluna Recomendações para relatar os cinco melhores filmes que conferi nas telonas no primeiro semestre de 2025. Quem gosta de listões (e de boas polêmicas), pegue a pipoca (e o guaraná) que lá vem o ranking do cinema! Espero que ninguém fique muito bravo(a) comigo. Lembre-se que gosto é gosto e cada um tem as suas preferências. Portanto, nada de atirar pedras no amiguinho que vos escreve. Estamos combinados?!
Para quem não sabe (e/ou não me conhece), preciso contar que visito os cinemas portenhos (moro em Buenos Aires, tá?) semanalmente. Há determinados momentos do ano em que acabo visitando com mais frequência as salas escuras, como nas vésperas do Oscar, em época de festivais cinematográficos e em períodos promocionais. Raramente falho neste que é um dos meus programas culturais favoritos en la ciudad de la furia. A partir do que vejo nas telonas, analiso um filme por mês na coluna Cinema. Geralmente, escolho a melhor produção do mês anterior para comentar em detalhes com os leitores do Bonas Histórias.

Essa é outra tradição que vem dos tempos da criação deste blog. Naquela época, era menos criterioso e comentava todos os longas-metragens que via nos cinemas. Imagine o trampo que dava para produzir tanto conteúdo! Eram de três a quatro títulos apresentados mensalmente. Hoje, olho o que fazia como uma loucura (loucura divertida, mas ainda assim uma loucura). Agora me contento com apenas uma análise cinematográfica por mês. O último post dessa seara foi “Mensagem na Garrafa” (Mensaje en Una Botella: 2025), uma comédia dramática argentina que conferi no Cine Gaumont em junho.
Falo sobre isso porque nessa altura do ano, finalzinho de julho, já tenho computado quase três dezenas de longas-metragens en mi cartelera, o que permite a confecção de uma lista cinematográfica de respeito. Admito que vejo de tudo em minhas incursões pelas redes de exibição (não estou inserindo nesta conta o que vejo no streaming): suspense, terror, aventura, ação, mistério, comédia, romance, ficção científica, drama, policial, saga histórica, fantasia, faroeste, musical, infantojuvenil, infantil, animação etc. Quem trabalha como crítico da sétima arte tem a desculpa de ver certos títulos e dizer: “estou assistindo isso para o trabalho”. Distribuo muito tal fala para não ser julgado pelos que estão ao meu redor nas salas de cinema. Também não faço distinção entre ficção e documentário nem entre longa-metragem e curta-metragem. Por fim, embarco em obras hollywoodianas, europeias, latino-americanas (destaque para o cinema argentino e o cinema brasileiro), asiáticas e africanas. Se pararmos para pensar, veremos que o mundo é uma grande sala de cinema.
Feita essa introdução gigantesca e totalmente desnecessária, acho que posso entrar, enfim, na coletânea de melhores longas-metragens dos últimos seis meses. Glória a Deus! Até hoje não sei o porquê tenho essa mania besta de gastar linhas e mais linhas de texto antes de ir aos finalmentes dos posts do Bonas Histórias. Desculpem-me pela enrolação. Prometo que um dia quem sabe talvez possivelmente eu possa rever a derrubada de palavras em excesso como proposta destas páginas. Saravá. Saravá!
Então é isso aí! Vamos sem mais delongas para o conteúdo propriamente dito deste post. E para dar uma pitadinha de mistério à produção cinematográfica campeã de hoje (ou melhor, ao longa-metragem campeão semestral – uma espécie de Torneio Apertura do Cinema Internacional), estabeleci a ordem crescente de importância à apresentação do ranking dos principais filmes semestrais de 2025. Um pouco de suspense nunca é demais, né?
Lá vamos nós, senhoras e senhores!

5º Lugar: Um Completo Desconhecido – A Complete Unknown – 2024 – Cinebiografia/Drama Histórico – James Mangold (direção e roteiro) – Estados Unidos – 2h20.
O quinto lugar do meu pódio dos melhores filmes do primeiro semestre ficou com a biografia audiovisual de Bob Dylan. Este longa-metragem foi dirigido por James Mangold e estrelado por Timothée Chalamet. Entretanto, preciso informar que quase coloquei nessa posição “Anora” (2024), a tragicomédia de Sean Baker que faturou o Oscar de 2025 de Melhor Filme, e “Conclave” (2024), drama de Edward Berger ambientado nos salões do Vaticano. Adorei esses três títulos! Nos meus critérios de qualidade cinematográfica, eles ficaram tecnicamente empatados no quinto posto. Só priorizei “Um Completo Desconhecido” porque ele foi a produção mais surpreendente da última temporada do Oscar.
O que quero dizer com surpreendente, caríssimo(a) leitor(a) da coluna Cinema? Vamos combinar que mais uma cinebiografia sobre um músico famoso não era algo que criava muitas expectativas nos cinéfilos de plantão. Os últimos anos foram prósperos em enredos desse tipo, o que me deixou bastante desanimado. Juro que pensei no início da sessão: lá vem mais um blábláblá sobre um artista conhecido! Só assisti “Um Completo Desconhecido” porque ele concorria às principais estatuetas da Academia de Los Angeles e como crítico cinematográfico tinha a obrigação de conferir os principais postulantes à premiação hollywoodiana (beijo, Glorinha). Porém, o filme de Mangold trouxeram muitos elementos interessantes que potencializaram a experiência na sala de cinema e me fizeram morder a língua.
“Um Completo Desconhecido” tem um enredo bem construído (escolher os anos mais conflituosos da vida de Dylan nunca é tarefa fácil), belas atuações (acho Chalamet um ator superestimado, mas aqui ele está sublime) e uma trilha sonora de cair o queixo (ou seria empolgar os ouvidos?). Depois que saí da sala de exibição no Multiplex Belgrano, fiquei uma semana ouvindo as versões em folk das principais canções de Bob Dylan. Elas são incríveis!!! De tão envolvido que fiquei com sua música e com seu trabalho artístico, comecei até a achar justa a congratulação do Nobel de Literatura para quem nunca fez literatura. Dá pra acreditar?!
4º Lugar: Emilia Pérez – 2024 – Comédia Musical/Suspense Dramático – Jacques Audiard (direção e roteiro) – França – 2h10.
Sim, senhoras e senhores, eu gostei de “Emilia Pérez” (2024), o polêmico filme de Jacques Audiard que conseguiu desagradar onze de cada dez cinéfilos na virada de 2024 para 2025. Talvez o verbo “gostar” não faça jus aos meus sentimentos. O mais correto seria dizer que adorei a saga protagonizada por Karla Sofía e Zoe Saldana! Sei que tenho a mania de avaliar as obras culturais sem ligar pelo que falam delas (até porque não uso redes sociais). E não sou do tipo patriota burro (nem me considero patriota, tá?) que para valorizar as produções de seu país precisa desmerecer as criações estrangeiras, uma mania dos meus conterrâneos desde sempre. Lembremos que o longa-metragem francês era o principal adversário de “Ainda Estou Aqui” (2024), o brasileirinho que concorria ao Oscar de Filme Internacional. Nos embates Brasil versus França, sei que sou do contra. Até hoje, acho que Allain Prost foi mais piloto que Ayrton Senna, mas isso é assunto para outro post do Bonas Histórias (e para outras pedradas do público brasileiro).
Mas por que gostei tanto de “Emilia Pérez”? Em primeiro lugar, adoro musical. E essa comédia dramática de Audiard tem excelentes cenas musicais do início ao fim. O mais curioso é que a sua estética flerta o tempo todo com o gênero exagerado e escrachado das telenovelas mexicanas, país retratado no enredo. Muita gente não reparou nesse detalhe, preferindo ridicularizar esses trechos sem enxergar a intertextualidade artística contida ali. Como cresci de olhos atentos às telenovelas transmitidas pelo SBT, consegui fazer tal associação sem grande dificuldade. Além disso, curti bastante o enredo deste filme, a história mais original da última safra cinematográfica, e achei que o elenco deu conta do recado, principalmente Zoe Saldana (que mereceu a estatueta) e Selena Gomez (enfim em um papel convincente).
É verdade que existe uma série de problemas de ordem narrativa e cinematográfica neste longa-metragem, algo que detalhei no post que fiz sobre “Emilia Pérez” na coluna Cinema. Exatamente por isso, achei corretas as escolhas dos jurados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles. Eles preteriram o filme francês nas categorias Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Ainda assim, preciso dizer que essa produção não é horrível, como ouvi e li muita gente falar e escrever. “Emilia Pérez” é um filmaço, independentemente das polêmicas levantadas e do bafafá gerado nos bastidores da indústria audiovisual. Como minha avaliação é de espectador, digo sem qualquer receio que adorei o mais recente trabalho de Jacques Audiard.
3º Lugar: Flow – Straume – 2024 – Animação/Fantasia – Gints Zilbalodis (direção e roteiro) e Matïss Kaža (roteiro) – Letônia – 1h25.
Uma produção que não tem contestação nem polêmica é “Flow” (Straume: 2024), a animação que deu o primeiro Oscar para o cinema letão. É isso mesmo, senhoras e senhores, o que vocês leram. Se os brasileiros celebraram sua primeira estatueta dourada em março, o povo da Letônia comemorou a sua também. Nesse caso, o mais incrível foi notar que a conquista deles foi na categoria mais improvável do principal evento do cinema mundial: a animação. Ou vai me dizer que desbancar os investimentos bilionários dos estúdios de animação dos Estados Unidos foi tarefa fácil, hein? Nananinanão. O feito dos cineastas independentes do pequeno país europeu é quase um conto de fadas da sétima arte.
Explico. “Flow” foi dirigido por Gints Zilbalodis, jovem de 31 anos. Ele reuniu um pequeno grupo de profissionais que, a partir do trabalho em um software de produção gráfica convencional e de código aberto, criou um longa-metragem impecável. É verdade que levaram cinco anos para desenvolver a animação, mas o resultado é de maravilhar as plateias dos quatro cantos do planeta. Quem disse que para fazer cinema de qualidade é preciso de vultuosa soma de dinheiro, grandes e experientes equipes e tecnologia avançada, hein? Os cineastas letões provaram que, quando se atua com excelência e dedicação, Davi pode vencer Golias em qualquer área da indústria do cinema.
Se você ficou curioso(a) sobre o enredo dessa animação, conto que “Flow” aborda a comovente (e belíssima) história de um bando de animais pego de surpresa com o caos climático. Depois que a floresta onde vivem é inundada, um gato, uma ave, uma capivara, um cachorro e um primata precisam renunciar às diferenças e às antipatias mútuas e unir força em prol da sobrevivência conjunta. Assim, nasce uma poderosa amizade entre um grupo de bichos tão diferentes e, ao mesmo tempo, com características tão complementares. Com um drama sensível e muito inteligente, “Flow” é o tipo de animação capaz de emocionar tanto adultos quanto crianças. Vale a pena conferi-lo, seja em um programa em família, seja em um programa individual.
2º Lugar: Ainda Estou Aqui – 2024 – Memória/Drama Histórico/Suspense – Walter Salles (direção) e Murilo Hauser e Heitor Lorega (roteiro) – Brasil – 2h15.
2025 será lembrado para sempre no Brasil como o ano em que conquistamos nosso primeiro Oscar. Uhu! Falei bastante sobre isso no post em que comentei os Vencedores do Oscar de 2025, conteúdo da coluna Premiações e Celebrações. Lá, dei a dimensão exata do feito artístico-cultural de Walter Salles e sua equipe, que para mim foi a maior conquista não esportiva da história do nosso país. Não quero ficar sendo repetitivo. O fato é que “Ainda Estou Aqui” (2024) é um filmão e mereceu a consagração que obteve na categoria Melhor Filme Internacional. Em alguns momentos, a sensação foi que ele poderia até ter superado “Anora” e levado a estatueta de Melhor Filme na categoria geral. Isso é justamente a prova cabal de sua excelência, que encantou as plateias nacionais e internacionais. Vi esse filme no Multiplex Belgrano, em Buenos Aires, e ele foi bastante aplaudido no final da sessão. Incrível!
O mais interessante de “Ainda Estou Aqui” é que ele não possui falhas aparentes. Por qualquer perspectiva que o analisemos, ele desfila méritos e aspectos de altíssima qualidade cinematográfica. O elenco (Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro), o roteiro (de Murilo Hauser e Heitor Lorega), a trilha sonora (eclética e de elevado nível), o figurino (impecável), a direção (Salles continua imbatível) e a constituição do cenário da época (o desfile de carros antigos era digno de um Oscar) potencializaram a experiência da plateia nas salas de cinema. Contudo, o que mais gostei (algo que faltou no livro de Marcelo Rubens Paiva) foi o clima de tensão e de agonia que Eunice Paiva e sua família sofrem. Pelo ponto de vista do drama histórico e do suspense psicológico, “Ainda Estou Aqui” é um longa-metragem inesquecível.
É verdade que o cinema brasileiro continua apresentando incontáveis problemas. Não é porque um filme conseguiu superar as adversidades que a situação da indústria nacional da sétima arte tenha melhorado da noite para o dia. Como já dizia o velho ditado, uma andorinha sozinha não faz verão. Mas é bom notar a chegada de uma ave vigorosa e resplandecente no nosso quintal, né? Será esse o prenúncio de uma revoada farta e impactante? Tomara!
1º Lugar: O Brutalista – The Brutalist – 2024 – Saga Dramática/Drama Histórico – Brady Corbet (direção e roteiro) e Mona Fastvold (roteiro) – Estados Unidos – 3h34.
Lá vem a maior polêmica da minha lista de melhores do semestre. É isso mesmo o que você leu, querido(a) leitor(a) do Bonas Histórias. Na minha visão, o filme que propiciou a experiência cinematográfica mais completa e impactante deste ano foi “O Brutalista” (The Brutalist: 2024), a saga histórica do diretor Brady Corbet. Tal qual o bravo e destemido Platense no Campeonato Argentino do primeiro semestre, o campeão do torneio Clausura do Cinema Internacional foi outra zebra que derrubou um a um os demais favoritos ao título. Impossível não celebrarmos essa proeza, não é mesmo?!
Em “O Brutalista”, uma produção de números colossais, acompanhamos o drama de László Toth (interpretado magnificamente por Adrien Brody – Oscar de Melhor Ator), um arquiteto húngaro de origem judaica que chegou aos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. Segundo o filme, ele foi um dos percursores do Brutalismo (daí o título do longa-metragem), corrente arquitetônica e de design surgida na Europa no início do século XX e que obteve seu auge entre as décadas de 1950 e 1970.
O que faz de “Brutalista” um filme tão bom? São vários os motivos. Da leva atual de produções cinematográficas, seu roteiro é o único que não apresenta nenhum furo. Como venho da literatura (antes de ser crítico de cinema, sou crítico literário) e prezo por uma boa linha narrativa, acho esse aspecto fundamental. Quer me ganhar? Traga uma história redonda do começo ao fim. Já é meio caminho andado, tá?
Além disso, o novo título de Corbet possui vários conflitos distintos ao longo da sessão, o que faz com que o espectador não desgrude os olhos da tela em nenhum instante. E vamos combinar que fazer isso por quase quatro horas de filme é um mérito digno de Oscar, né? Quatro horas, Ricardo? Sim! Esse longa-metragem (que eu classificaria como longa-longa-metragem) tem mais de três horas e meia de duração. E acredite: você não sai quebrado nem cansado do cinema. Ele flui naturalmente e quando você vê, já é hora do intervalo (obrigatório e irrecusável no meio da sessão) ou do fim da exibição.
Outros méritos de “Brutalista” são o elenco impecável (não tem atuação ruim nesse longa), a fotografia deslumbrante (que emula a estética Brutalista), a ótima trilha sonora (capaz de chamar a atenção em várias passagens) e os temas polêmicos e delicadíssimos (que não poderiam faltar em uma superprodução).
Prova maior da excelência desse filme é que você sai do cinema achando que László Toth realmente existiu. Mas ele não é uma figura real? Aí está a graça da mistura de ficção e não ficção, senhoras e senhores. A impressão é que se trata de um arquiteto verídico que sofreu horrores até ganhar a posição de destaque entre os melhores da estética brutalista do século XX. Entretanto, ele é apenas uma figura ficcional. Vamos combinar que “O Brutalista” é o melhor filme do primeiro semestre de 2025, né? Não tenho dúvida disso.
Para quem ficou curioso(a), aí vai o meu ranking dos dez filmes preferidos do primeiro semestre de 2025 – agora em ordem decrescente de importância (chega de suspense):

Por hoje é só. Até o próximo listão, galerinha animada da coluna Recomendações!
Gostou deste post do Bonas Histórias? Para acessar a lista de melhores livros, filmes, músicas, peças teatrais e exposições, clique na coluna Recomendações. Para ver as nossas análises cinematográficas, clique na coluna Cinema.E não deixe de nos acompanhar nas redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.