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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

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Livros: Todos os Fogos o Fogo - A quinta coletânea de contos de Julio Cortázar

Publicada em 1966, essa obra foi a primeira publicação de Cortázar após ele ter se tornado um best-seller internacional.

Todos os Fogos o Fogo é o livro de Julio Cortázar que foi publicado em 1966

Na semana passada, li “Todos os Fogos o Fogo” (Best Seller), uma das principais coleções de narrativas curtas de Julio Cortázar. Esse é o sétimo (e penúltimo) livro do autor argentino que analisaremos no Desafio Literário desse bimestre. Para quem ainda não está familiarizado(a) com a coluna do Bonas Histórias que investiga o estilo narrativo das principais figuras da literatura nacional e internacional, aviso que Cortázar é o terceiro escritor que estamos estudando nessa temporada do Desafio Literário. Em 2021, já debatemos a ficção de Orhan Pamuk, turco vencedor do Nobel de Literatura de 2006, e os romances de Elena Ferrante, italiana que é uma best-seller mundial.


“Todos os Fogos o Fogo” foi a primeira obra lançada por Cortázar após o sucesso estrondoso de “O Jogo da Amarelinha” (Companhia das Letras), visto até hoje como sua obra-prima. Publicado pela Editorial Sudamericana em 1966, três anos depois do aclamado romance, “Todos os Fogos o Fogo” é a quinta coletânea de contos do autor e seu nono título no geral. Esse livro possui oito histórias que estão entre os clássicos da literatura argentina e da literatura em língua espanhola. Para muita gente (estou nesse grupo!), temos aqui um dos melhores trabalhos autorais de Julio Cortázar.


Produzida na fase de maturidade artística do escritor argentino e em um período em que ele recebeu grande reconhecimento do público e da crítica, essa obra voltou a explorar o Realismo Fantástico. Vale a pena dizer que os últimos títulos de Cortázar estavam caminhando mais para as tramas existencialistas – “Os Prêmios” (Civilização Brasileira) e “O Jogo da Amarelinha” são os melhores exemplos dessa linha mais filosófica – e/ou acabaram promovendo algumas experimentações narrativas insólitas – “Histórias de Cronópios e de Famas” (Best Seller) e “O Jogo da Amarelinha” encabeçam essa listagem mais disruptiva. Ou seja, “Todos os Fogos o Fogo” dialoga mais com as produções do autor que foram lançadas na década de 1950 – como “Bestiários” (Civilização Brasileira), “Final do Jogo” (Civilização Brasileira) e “As Armas Secretas” (Best Seller) – do que com os livros publicados na primeira metade dos anos 1960.

Julio Cortázar, escritor argentino

Confesso que gostei dessa volta às origens. É impossível discutirmos a ficção de Julio Cortázar e não comentarmos seu mergulho no Realismo Mágico (outra denominação do Realismo Fantástico). Nesse sentido, “Todos os Fogos o Fogo” tem papel de destaque. Apesar de “Bestiários” e “Final do Jogo” serem coletâneas de contos famosas e possuírem algumas das histórias mais prestigiadas do autor, é inegável que elas foram produzidas em uma fase em que Cortázar não havia atingido a plenitude literária. Só compreendemos essa questão quando lemos atentamente “Todos os Fogos o Fogo”, esse sim um livro com uma riqueza narrativa marcante e uma complexidade estética digna de um dos grandes escritores do século XX. Se as primeiras coleções de contos de Julio Cortázar eram boas (ou muito boas!), essa aqui é excelente.


No Brasil, “Todos os Fogos o Fogo” vem sendo publicado pela Civilização Brasileira (então editora independente, hoje um selo da Editora Record) desde o finalzinho da década de 1960, período em que a literatura de Cortázar se tornou uma febre mundial. A adaptação dessa obra para o português foi feita por Gloria Rodríguez, uma das principais tradutoras de espanhol do nosso país. Além desse livro, Rodríguez traduziu outros títulos de Julio Cortázar, como “Os Prêmios”, “Histórias de Cronópios e de Famas” e “62 Modelo para Armar” (Civilização Brasileira). Esse último título, por sinal, será o próximo que vamos analisar no Desafio Literário de Cortázar (algo que comentaremos mais à frente nesse post).


Li a edição brasileira de “Todos os Fogos o Fogo” que foi lançada, em maio de 2011, pela editora Best Seller. Além de trazer uma versão mais atual (com o texto segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – algo que não existia quando as edições mais antigas foram publicadas), esse livro integra a Seleção Vira-Vira do selo BestBolso. O mais interessante dessa coleção é que ela traz publicações com dois títulos de determinado escritor em uma só obra – cada história (romance ou coletânea de contos) vem em um lado (daí o nome da série – Vira-Vira). Em tempos de recessão econômica e de inflação lá nas alturas, esse expediente editorial é uma ótima ideia. A obra que veio junto com “Todos os Fogos o Fogo” nessa edição da Best Seller/BestBolso foi “As Armas Secretas”, coleção de narrativas curtas de Julio Cortázar lançada em 1959.

Livro Todos os Fogos o Fogo de Julio Cortázar

Os oito contos de “Todos os Fogos o Fogo” são: (1) “A Autoestrada do Sul”; (2) “A Saúde dos Doentes”; (3) “Reunião”; (4) “Senhorita Cora”; (5) “A Ilha ao Meio-dia”; (6) “Instruções a John Howell”; (7) “Todos os Fogos o Fogo”; e (8) “O Outro Céu”.


Em “A Autoestrada do Sul”, a narrativa que abre essa coletânea de Cortázar, assistimos a um colossal engarrafamento na estrada que vai de Corbeil à Paris. Em um domingo quente de agosto, os carros param de andar e os motoristas precisam encarar por dias os boatos sobre o motivo do fechamento da pista. O que teria acontecido? E, o que é ainda pior, como os viajantes irão sobreviver inertes na beira da estrada? “A Saúde dos Doentes” apresenta o drama de uma família de Buenos Aires. Dr. Bonifaz alertou os parentes da mãe de Carlos que ela estava em situação clínica delicada e que não podia receber más notícias. Por isso, as irmãs, os tios e os amigos de Carlos precisam omitir a morte de Alejandro, o filho querido da paciente. A família inventa que o rapaz se mudou à trabalho para o Recife. A mentira vai se tornando cada vez mais sofisticada. Com o adoecimento de Clélia, tia de Carlos e irmã da senhora doente, a fábrica de invencionices do clã se torna ainda mais complicada.


“Reunião”, o terceiro conto de “Todos os Fogos o Fogo”, se passa em meio à guerra civil de um país latino-americano. Depois de cinco dias vagando pelo mar, o grupo de seis revolucionários socialistas desembarca em uma região pantanosa. A missão deles é surpreender o exército constitucional e chegar ao alto de uma serra, onde os companheiros de revolução estariam aguardando. Contudo, o pequeno grupo de guerrilheiros está doente, desorientado e faminto. O medo e o desânimo são gerais. Em “Senhorita Cora”, Pablo, um garoto de 15 anos, precisa ser internado por causa de uma apendicite. No Hospital, ele fica sob os cuidados de Cora, uma jovem e atraente enfermeira. Não é preciso dizer que o menino irá cair de amores pela moça, apesar da vergonha que sente pela exposição excessiva que precisa se sujeitar aos olhos da enfermeira.

Livro Todos os Fogos o Fogo de Julio Cortázar

“A Ilha ao Meio-dia” revela uma bizarra mania de Marini, o comissário de bordo da linha Roma-Teerã. Ele sente uma curiosidade enorme e uma atração desmedida pela ilha grega de Xiros. Por causa disso, Marini para tudo o que está fazendo, para indignação dos colegas e dos passageiros, sempre que o avião em que trabalha sobrevoa Xiros. A admiração pela ilha é maior do que suas responsabilidades profissionais. “Instruções a John Howell” é a sexta história do livro. Rice vai ao teatro Aldwych em Londres para assistir a uma peça teatral. No intervalo entre o primeiro e o segundo atos, ele é chamado por um homem de terno cinza para visitar os bastidores da produção cênica. Na retaguarda do teatro, Rice é inquerido a subir no palco e interpretar o papel de John Howell.


“Todos os Fogos o Fogo”, a trama que empresta seu nome ao título da coleção, se passa em uma província do Império Romano. O procônsul da localidade organiza uma batalha de gladiadores. No centro da arena, Marco enfrenta um guerreiro núbio. Enquanto isso, Roland, em sua residência, recebe o telefonema de Jeanne. Ela diz que Sônia acabou de sair e que irá visitá-lo naquela noite. Em “O Outro Céu”, um corretor da bolsa gosta de vagar à noite pelo centro e pelo sul de Paris. Seu bairro favorito é Pasaje Güemes. Essa localidade traz lembranças de quando ele se encontrava com Josiane, a prostituta que era sua amante no período em que a França estava ocupada pelos nazistas. Apesar de ter uma noiva, Irma, o protagonista gostava mesmo era dos encontros noturnos e dos passeios boêmios com Josiane. Naquela época, a grande preocupação dos moradores e dos frequentadores do Pasaje Güeme era uma série de assassinatos praticados nas redondezas. O criminoso foi apelidado pela imprensa e pelos parisienses de Laurant, o estrangulador.


O livro “Todos os Fogos o Fogo” possui 160 páginas (a obra possui outras 160 páginas com as histórias de “As Armas Secretas” – lembremos que esse é um título da Coleção Vira-Vira da Editora Best Seller e do selo BestBolso). Levei pouco mais de três horas e meia para concluir integralmente a leitura de “Todos os Fogos o Fogo” na última quarta-feira à noite. Li a coletânea em duas sessões – fiz um intervalinho entre as narrativas. Se você tiver bom fôlego literário, saiba que é possível ler esse livro em uma tacada só.

Livro Todos os Fogos o Fogo de Julio Cortázar

O primeiro elemento que chamou minha atenção nessa publicação foi a qualidade das narrativas de “Todos os Fogos o Fogo”. Não tenho receio de dizer que esse é um dos melhores títulos de Julio Cortázar que li até agora no Desafio Literário. Se considerarmos exclusivamente as coletâneas de contos do autor argentino, digo sem medo de parecer exagerado que esse livro é o meu favorito. Quando enfocamos todas as obras de seu portfólio, minha preferência ainda recai para o romance “Os Prêmios”. Depois de “Os Prêmios”, aí sim aparece “Todos os Fogos o Fogo” como a ficção cortaziana que mais gostei.


Diferentemente das tramas amalucadas de “Histórias de Cronópios e de Famas” e da estrutura caótica de “O Jogo da Amarelinha”, que causam mais confusão do que admiração, temos em “Todos os Fogos o Fogo” contos que prezam pela qualidade da narrativa em si. Dessa forma, Cortázar deixa um pouco de lado suas invencionices estéticas e foca na contação das histórias. E elas são ótimas. “A Autoestrada do Sul” e “A Saúde dos Doentes” são espetaculares. Esses contos estão entre os melhores que li na minha vida. Durante a leitura dessas narrativas, entendemos o porquê Julio Cortázar é reconhecido como um dos principais contistas do século XX. “Instruções a John Howell”, “Todos os Fogos o Fogo” e “O Outro Céu” são também ótimas tramas e merecem rasgados elogios.


O maior mérito dos contos de “Todos os Fogos o Fogo” está na capacidade de Julio Cortázar em transformar cenas banais do dia a dia em acontecimentos fantásticos, surreais e/ou grandiosos. Acompanhamos, assim, o congestionamento na estrada durante a volta de um final de semana, as mentiras de uma família comum, a internação hospitalar de um menino, a ida ao teatro, o recebimento de um telefonema, a viagem de avião, a ação guerrilheira na mata tropical, as andanças noturnas de um rapaz pelo centro da cidade. Porém, o cotidiano tranquilo e normal parece sair do controle em algum momento, o que desencadeia os dramas estrambólicos de Cortázar.

Livro Todos os Fogos o Fogo de Julio Cortázar

Tão legais quanto as histórias em si de “Todos os Fogos o Fogo” são os desfechos das narrativas desse livro. A maioria dos desenlaces dos contos de Julio Cortázar embaralham ainda mais a noção de realidade, uma marca estilística do autor. Ou seja, não apenas as narrativas têm fortes componentes de Realismo Fantástico como seus desfechos adquirem também certo tom amalucado, surrealista e mágico. Sem dúvida nenhuma, Cortázar vence as batalhas com os leitores por nocaute. Essa característica é mais acentuada nessa publicação do que nas coletâneas de contos anteriores. E nos permite compreender perfeitamente um dos mais famosos conceitos da produção literária do escritor argentino. De acordo com suas palavras, “o romance vence sempre por pontos, enquanto o conto deve vencer por nocaute”. Obviamente, Julio Cortázar comparou, nessa frase célebre, os gêneros narrativos com a dinâmica do boxe, seu esporte favorito.


O que seria exatamente essa mistura de planos citada no início do parágrafo anterior, hein? Os contos de “Todos os Fogos o Fogo” embaralham a realidade com a ficção, o sonho com a vida concreta, a verdade com a mentira, o universo imaginativo com o mundo real e as lembranças com os acontecimentos factuais. Grande parte da graça das narrativas desse livro está justamente nessa brincadeira metafísica proposta por Julio Cortázar. E pensar que Mark Zuckerberg tem se achado o empresário inovador ao vislumbrar, décadas e décadas depois de Cortázar, as possibilidades do metaverso (nada mais do que uma variação de planos da realidade, algo que o Realismo Fantástico já fazia há muito tempo).


Juntamente com a mistureba de planos da realidade, temos em “Todos os Fogos o Fogo” algumas invencionices narrativas. Aí alguém pode reclamar comigo: “Mas você não disse que essa obra não tinha grandes maluquices na narrativa em si?! O que eu disse há alguns parágrafos foi: “... Cortázar deixa um pouco de lado suas invencionices estéticas (nessa publicação) e foca na contação das histórias”. Repare no termo “um pouco” na minha frase destacada. O que eu quis dizer é que há sim invencionices que mexem com as estruturas da narrativa ficcional (elementos que são pouco vistos na literatura comercial), mas eles não são preponderantes (as histórias dos contos acabam se destacando).

Livro Todos os Fogos o Fogo de Julio Cortázar

Quer alguns exemplos dessa prática?! As melhores narrativas com as invencionices que fazem jus à fama de Julio Cortázar como um autor extremamente inovador e polêmico são “Senhorita Cora” e “Todos os Fogos o Fogo” (estou me referindo agora ao conto e não à publicação como um todo). Na quarta trama dessa coletânea, o escritor argentino muda o narrador no meio das frases. Por um acaso você já tinha visto isso?! Confesso que eu nunca tinha. Assim, Pablo, sua mãe, Cora (a enfermeira) e Marcial (o anestesista e namorado de Cora) se revezam no relato de “Senhorita Cora”. E essa polifonia de vozes narrativas é potencializada pela falta de uma divisão clara de quem fala o quê (cabe ao leitor identificar o autor das palavras). No sétimo e penúltimo conto do livro, assistimos a duas tramas que ocorrem em espaços e épocas diferentes. Contudo, elas são passadas para o leitor simultaneamente. A mudança de histórias acontece, em “Todos os Fogos o Fogo”, de uma frase para outra, no meio do parágrafo, sem qualquer indicação formal. Incrível! Mais uma vez, cabe aos leitores a delimitação do que faz parte de uma história e o que faz parte da outra (e o que integra ambas as tramas).


Outras características marcantes desse livro são a junção de humor e violência e a variedade de espaços e tempos narrativos. O lado cômico dos contos dessa publicação se dá principalmente pelo uso da ironia e da tragicomédia. Em relação à violência, acompanhamos tramas com guerras, assédios, acidentes (queda de avião, incêndio), agressões físicas, suicídios, duelos de gladiadores, assassinatos. De alguma maneira, o bom humor ajuda a minimizar a ambientação pesada. Por fim, as histórias de “Todos os Fogos o Fogo” se passam em locais variados (Argentina, França, Grécia, Itália...) e em épocas distintas (Antiguidade, Segunda Guerra Mundial, década de 1950). Esse último elemento, eu não tinha notado com tanta ênfase nas coletâneas de contos anteriores do autor (que se passavam quase sempre na Argentina e na França e no tempo presente em que foram produzidas).


Gostei muito de “Todos os Fogos o Fogo”. Acredito que as inovações promovidas por Julio Cortázar não podem ser o prato principal servido em uma publicação. Os leitores devem sim ser impactados pelas narrativas do autor argentino, mas não podem ficar confusos nem entediados. Além disso, os componentes disruptivos das narrativas não devem nunca chamar mais a atenção do que a história em si. Cito esses problemas porque os encontrei em alguns livros anteriores de Cortázar. Por exemplo, “Histórias de Cronópios e de Famas” e “O Jogo da Amarelinha” são leituras complicadas exatamente por isso. Já “Todos os Fogos o Fogo” consegue ser uma publicação interessante e ao mesmo tempo instigante (sem confundir os leitores nem entediá-los).

Julio Cortázar, escritor argentino

Como adiantei no início desse post, o Desafio Literário de Julio Cortázar continuará no próximo sábado, dia 20. Nessa data, analisaremos o oitavo e último livro de Cortázar de nossa lista desse bimestre. A obra que será comentada no Bonas Histórias é “62 Modelo para Armar” (Civilização Brasileira), o terceiro romance do argentino. Publicado em 1968, “62 Modelo para Armar” chegou às livrarias dois anos depois de “Todos os Fogos o Fogo”. Não perca as novas etapas do Desafio Literário de 2021. Até mais!


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