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Bonas Histórias

O Bonas Histórias é o blog de literatura, cultura, arte e entretenimento criado por Ricardo Bonacorci em 2014. Com um conteúdo multicultural (literatura, cinema, música, dança, teatro, exposição, pintura e gastronomia), o Blog Bonas Histórias analisa as boas histórias contadas no Brasil e no mundo.

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Ricardo Bonacorci

Nascido na cidade de São Paulo, Ricardo Bonacorci tem 42 anos, mora em Buenos Aires e trabalha como publicitário, produtor de conteúdo, crítico literário e cultural, editor, escritor e pesquisador acadêmico. Ricardo é especialista em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão da Inovação, bacharel em Comunicação Social, licenciando em Letras-Português e pós-graduando em Formação de Escritores.  

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Mercado Editorial: Livros - Lançamentos em novembro e dezembro de 2022

Veja os 125 títulos de ficção e poesia que foram publicados no Brasil no último bimestre deste ano.

Livros lançados em novembro e dezembro de 2022 no Brasil

O bom e incansável 2022 pode estar nos últimos suspiros, mas a coluna Mercado Editorial está com saúde para dar e vender. Enquanto a multidão se prepara para dar adeus ao ano velho e anseia pelas boas-vindas ao ano que vai nascer, eu dou os últimos pulinhos nas ondas do Bonas Histórias para apresentar os 125 livros de ficção e poesia que foram lançados no Brasil em novembro e dezembro de 2022. Em clima de novo tempo, apesar dos castigos, estamos com a literatura, estamos nas livrarias quebrando as algemas impostas à cultura.


Além da lista dos títulos recém-publicados, como já é tradição bimestral do blog, vou comentar rapidamente nessas pacíficas linhas (o falecido Erasmo Carlos diria mal traçadas linhas...) as novas obras que mais chamaram minha atenção. Antes que alguém venha estragar os bons fluídos emanados pela virada do calendário, alerto que o foco da coluna Mercado Editorial, que hoje está inteiramente decorada de branco e vem em clima de Réveillon, é o romance, a novela, a coletânea de contos, a coleção de crônicas, a seleção de ensaios literários, a literatura infantojuvenil e a antologia poética. O gênero não ficcional que me desculpe, mas para o Bonas Histórias o que vale são os textos mais artísticos. Por isso, eu sempre canto nessa época do ano: Chama de irracional, chama de irracional, acabou o livro ficcional. Não faz mal, não faz mal, leia revista ou jornal. Depois desse disparate, vamos sem demora para o conteúdo principal do último post do blog em 2022.


Na estante da literatura brasileira, meus destaques entre os títulos recém-lançados vão para “O Antigo Futuro” (Companhia das Letras), romance de Luiz Ruffato, “Araras Vermelhas” (Companhia das Letras), coletânea poética de Cida Pedrosa, “Deixe a Música Contar” (7 Autores), novela de Roberto Marcio e “Pequenas Vinganças” (Globo Livros), coletânea de contos de Edney Silvestre. Repare que escolhi propositadamente uma obra de cada modalidade literária para esse recorte: uma trama ficcional longa (romance), uma trama ficcional mediana (novela), uma coletânea de tramas ficcionais curtas (contos) e uma antologia poética (poesia). Ou seja, trago novidades para todos os gostos e para os mais diferentes estilos de leitura. Você não tem mais desculpas para começar janeiro sem um bom livro em mãos, né?


Iniciamos o mergulho na literatura nacional falando do romance, o gênero literário tido como onipresente nas livrarias mundo à fora. “O Antigo Futuro” é o mais recente trabalho de Luiz Ruffato, um dos mais premiados autores contemporâneos do nosso país. No novo drama do escritor mineiro, acompanhamos a saga de um paulistano de classe média baixa. Traumatizado com a violência das grandes cidades brasileiras, o rapaz se mudou para os Estados Unidos em busca de dias melhores. Na condição de imigrante, o protagonista sofre os dissabores da rotina puxada, das saudades da família e da difícil imersão na sociedade local. Enquanto tenta conquistar a América, a personagem principal do livro rememora a saga de sua família, uma história pontuada por tragédias, solidão e infelicidade. Inicia-se, assim, uma série de flashbacks. O mergulho nas lembranças vividas no Brasil irá mostrar não apenas uma família com graves problemas como também um país com incontáveis chagas sociais.

Coluna Mercado Editorial – Literatura Brasileira – Principais livros lançados em novembro e dezembro de 2022

Os aspectos mais legais de “O Antigo Futuro” são: (1) o ritmo alucinante da prosa de Ruffato; (2) as descobertas ácidas da trama; e (3) a ambientação aterrorizante que permeia o romance inteiro (tanto no presente quanto no passado do protagonista/família do protagonista). Em outras palavras, temos aqui um livrão para quem deseja começar 2023 com o pé direito (ou seria com o olho direito, hein?!). Se você já leu “Eles Eram Muitos Cavalos” (Boitempo), minha obra favorita do autor, e a pentalogia “Inferno Provisório” – “Mamma, Son Tanto Felice” (Record), “O Mundo Inimigo” (Record), “Vista Parcial da Noite” (Record), “O Livro das Impossibilidades” (Record) e “Domingos Sem Deus” (Record) –, vale a pena conhecer as novidades da literatura de Luiz Ruffato. Depois do bom “O Verão Tardio” (Companhia das Letras), temos outro belíssimo título que foge do lugar comum.


O segundo livro que gostaria de comentar hoje na coluna Mercado Editorial é a nova coletânea poética de Cida Pedrosa. Depois do sucesso retumbante de “Solo para Vialejo” (CEPE Editora), a poetisa pernambucana apresenta “Araras Vermelhas”. Nos versos desta publicação, Pedrosa relata os detalhes da Guerrilha do Araguaia, um dos eventos políticos mais simbólicos entre o fim da década de 1960 e o início dos anos 1970. Ao mesmo tempo em que assistimos à violência estatal, ao autoritarismo militar e à falta de esperança da população mais simples da região da Amazônia, também podemos atestar, na poesia impecável do livro, a força de vontade e a coragem de uma parcela de brasileiros que pegou em armas na tentativa de mudar o triste panorama social do país e da região Norte.


Confesso que desde que li “Canto Geral” (Bertrand Brasil), obra-prima de Pablo Neruda, sou fã da transformação em versos das passagens históricas mais dramáticas do nosso continente. Justamente aí está a graça da leitura de “Araras Vermelhas”. O mais recente livro de Cida Pedrosa mistura a beleza poética (pelos versos sempre elegantes e afiados da autora) com a feiura social (pela descrição de uma das passagens mais infelizes da história nacional). O resultado é uma publicação espetacular, que deve colocar outra vez o nome da poetisa entre as personalidades literárias mais comentadas do Brasil no próximo ano. Esse título está com cheirinho de best-seller e de candidato aos principais prêmios da literatura nacional em 2023. A conferir nos próximos meses se minha previsão se concretiza.


Entre figuras tão consagradas da literatura brasileira, trago um novato na cena ficcional. Afinal, não é só de medalhões que a arte brasileira contemporânea é constituída, né? “Deixe a Música Contar” é a terceira publicação de Roberto Marcio e, o que é mais legal, sua primeira novela. Quem acompanha há mais tempo o Bonas Histórias na certa se lembrará do autor mineiro que tão boas impressões já deixaram aqui no blog. Comentei na coluna Livros – Crítica Literária os dois títulos iniciais de Marcio: “Andantes das Gerais” (Páginas Editora), coletânea de crônicas de 2020 sobre as viagens realizadas pelo escritor, e “Janelas Visitadas” (7 Autores), coletânea de contos de 2021 com dramas contemporâneos.

Mercado Editorial – Livros lançados nas livrarias brasileiras em novembro e dezembro de 2022

Cada vez mais à vontade no papel autoral (ele também é revisor e tradutor), Roberto Marcio apresenta agora uma narrativa com mais fôlego. “Deixe a Música Contar” é a novela histórica que mistura música, dramas familiares e viagens. Ou seja, podemos enxergar a nova trama como a junção temática do que já fora trazido em "Andantes das Gerais” e “Janelas Visitadas” (chamo isso de consistência ficcional!). Em um mergulho no passado familiar (o pai era mineiro de Diamantina e a mãe era uma dinamarquesa que veio morar no Rio de Janeiro), o protagonista de “Deixe a Música Contar” quer descobrir suas raízes e entender alguns de seus comportamentos e gostos pessoais. Para tal, ele usa a imersão na realidade mineira (visita Diamantina pela primeira vez) e realiza a investigação na biografia paterna. Pretendo ler essa obra em janeiro e se ela for realmente boa como os títulos anteriores do autor, farei uma análise completa dela na coluna Livros – Crítica Literária. Portanto, aguardem novidades sobre “Deixe a Música Contar” para os próximos meses.


Ainda falando de literatura brasileira, trago o novíssimo trabalho de um dos meus escritores nacionais favoritos. Edney Silvestre lançou nesse finalzinho de ano “Pequenas Vinganças”, uma coletânea de breves narrativas ficcionais. Nas tramas dos nove contos do livro, acompanhamos passagens violentas, episódios trágicos e fatos injustos da história do Brasil a partir do ponto de vista de personagens comuns. Aí somos levados ao campo de batalha da Guerra do Paraguai, às residências da elite carioca no auge da Era Vargas, aos bastidores sociais do Período Militar, à desigualdade social das grandes cidades do país e ao drama provocado pela quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. Quem leu “Vidas Provisórias” (Intrínseca) ainda poderá matar saudades dos protagonistas do romance.


O mais interessante da leitura de “Pequenas Vinganças” é que o leitor tem a sensação de estar caminhando por textos de crônicas (tamanha é a sua fidedignidade e contundência narrativas) e não por textos de uma coleção de contos (as figuras, os cenários, as ambientações, os contextos históricos e as situações seriam mesmo ficcionais?!). Por falar em impressões, acho que Edney Silvestre ainda não publicou um livro ruim. Todas as suas obras são impecáveis, dignas de rasgados elogios. Como é possível um autor ser tão competente por tanto tempo?! Sinceramente não sei. A única coisa que sei é que não perco seus lançamentos.


Vamos abrir espaço também para a literatura internacional. Afinal, como diriam os apresentadores de televisão das antigas: na Austrália agora já é ano novo!!! Em novembro e dezembro de 2022, meus destaques da estante da ficção gringa vão para “O Mistério Henri Pick” (L&PM Editores), romance policial do francês David Foenkinos, “A Mandíbula de Caim” (Intrínseca), thriller do inglês Torquemada, “Balada de Amor ao Vento” (Companhia das Letras), romance dramático da moçambicana Paulina Chiziane, e “Moçambique com Z de Zarolho” (Dublinense), novela satírica do também moçambicano Manuel Mutimucuio.

Mercado Editorial – Lançamentos em novembro e dezembro de 2022 - Livros de ficção e poesia

Confesso que não li ainda “O Mistério Henri Pick” (sim, o título do livro não tem mesmo a palavra “de” entre “O Mistério” e “Henri Pick”, o que causa certo estranhamento – para mim, o correto seria “O Mistério de Henri Pick” ou “O Misterioso Henri Pick”). Contudo, já conheço sua trama. Como isso é possível, Ricardo?! A resposta é simples, caro(a) e desconfiado(a) leitor(a) do Bonas Histórias. Em junho de 2020, assisti à adaptação cinematográfica da obra de David Foenkinos no Festival Varilux em Casa, uma espécie de edição extra da tradicional mostra de cinema francês. Vale a pena dizer que o Festival Varilux em Casa foi lançado no auge da quarentena da pandemia da Covid-19 para aplacar a crise de abstinência dos cinéfilos mais inveterados (põe o dedo aqui que já vai fechar quem se identificou com a parte final da frase anterior). Atualmente, o catálogo do evento está disponível no Looke, plataforma brasileira de streaming de filmes e seriados de TV.


Dirigido e roteirizado por Rémi Bezançon, o filme “O Mistério de Henri Pick” (Le Mystère Henri Pick: 2019) – repare que no título do longa-metragem surgiu o tal “de” que faltou no nome da versão brasileira da obra literária; vai entender!!! – foi uma das melhores produções daquela mostra atípica de cinema da Varilux. Mesclando comédia e suspense, o enredo cinematográfico de “O Mistério de Henri Pick” aborda de maneira muito inteligente vários aspectos do fazer literário. Não à toa, fiz uma análise completa do filme de Bezançon na coluna Cinema naquela oportunidade. Vale a pena ver (ou rever) a crítica.


E qual foi a minha surpresa ao constatar que a L&PM Editores comprou os direitos do livro que serviu de inspiração para o longa-metragem e o traduziu para o português. Desde novembro, temos acesso diretamente ao romance de David Foenkinos em nosso idioma. Publicado na França em 2016, “O Mistério Henri Pick” se tornou um dos maiores sucessos do autor depois do espetacular “Charlote” (Bertrand Brasil). Se o filme é incrível, tenho a impressão de que a versão literária deve ser de tirar o fôlego. Se as festas de final de ano não afetaram minha percepção editorial (algo que às vezes acontece, tá?), “O Mistério Henri Pick” é um dos mais interessantes lançamentos nessa virada de 2022 para 2023.


Ainda na esfera dos romances policiais internacionais, precisamos falar de “A Mandíbula de Caim”, o livro mais cultuado (e, para mim, supervalorizado!) de Torquemada. Uma das grandes novidades de dezembro é que essa obra ganhou uma nova versão em português. A responsável por tal proeza foi a Editora Intrínseca. Torquemada é o pseudônimo de Edward Powys Mathers, inglês que desenvolvia palavras cruzadas para o jornal The Observer na década de 1930. Em “A Mandíbula de Caim”, temos um dos mais difíceis quebra-cabeças da literatura mundial. Afinal, o leitor precisa desvendar por conta própria seis assassinatos em pouco mais de duas centenas de páginas. O problema é que o conteúdo da obra vem totalmente embaralhado. Cabe a cada leitor montar a ordem e a estrutura das histórias porque o autor inglês não facilitou o trabalho de ninguém. Quem lê essa obra de Torquemada tem a impressão de que os originais do livro caíram no chão e as páginas se espalharam aleatoriamente.

Coluna Mercado Editorial – Literatura Estrangeira – Principais livros lançados em novembro e dezembro de 2022

A partir dessa breve síntese da característica principal do romance, o que acho de “A Mandíbula de Caim”, hein?! Para ser franco com você, não acho a menor graça no conteúdo deste título. Para mim, “A Mandíbula de Caim” está mais para uma trama confusa (na qual suas páginas foram mexidas ao ponto de confundir e não instigar os leitores) do que um enredo sagaz e desafiador. Saudades de você, Agatha Christie! Admito que não tenho a menor paciência para ficar montando um livro que já deveria vir pronto. Para completar, não conheço ninguém que tenha desvendado os segredos de “A Mandíbula de Caim”.


Qual a graça, então, de tentar elucidar enigmas quase que indecifráveis?! Para mim, nenhuma. Entretanto, é inegável o charme deste romance de Torquemada, que atrai a curiosidade de milhões e milhões de leitores nos quatro cantos do planeta há quase 90 anos. Se você tiver coragem e paciência, boa leitura! Eu admito que não tenho nem coragem nem paciência.


Para encerrarmos definitivamente o passeio pelas novidades editoriais do último bimestre de 2022, vamos viajar até a África lusófona. Provando que a literatura moçambicana vai muito além dos títulos de Mia Couto, os leitores brasileiros tiveram acesso neste finalzinho de ano a dois livros encantadores, um romance e uma novela, de uma dupla de compatriotas do autor de “Terra Sonâmbula” (Companhia das Letras) e “O Fio das Missangas” (Companhia das Letras).


O romance em questão é “Balada de Amor ao Vento”, narrativa longa de estreia de Paulina Chiziane, a vencedora do Prêmio Camões de 2021. Ainda bem que a Companhia das Letras está empenhada em lançar no Brasil as principais obras de Chiziane após ela conquistar a principal honraria literária da língua portuguesa. Em junho, a maior editora brasileira da atualidade republicou “Niketche – Uma História de Poligamia” (Companhia das Letras), obra-prima de Paulina Chiziane e clássico da literatura moçambicana. Agora, recebemos a primeira prosa longa da autora. Curiosamente, “Balada de Amor ao Vento” não é apenas o primeiro romance de Paulina Chiziane (ele foi lançado originalmente em 1990) como é também (acredite se quiser) o primeiro romance publicado em Moçambique por uma mulher.


O enredo desta obra gira em torno dos encontros e desencontros amorosos de uma jovem moçambicana. Após se apaixonar perdidamente pela primeira vez, a protagonista de “Balada de Amor ao Vento” vivencia a dor da rejeição. E, para piorar ainda mais o quadro afetivo, logo em seguida ela sofrerá ainda mais ao constatar como é espinhosa e injusta a sociedade moçambicana. Diante de um país machista, patriarcal e, por vezes, poligâmico, ela precisará lidar com o retorno efêmero e contraditório do amado. Em um texto extremamente bonito, delicado e forte, Paulina Chiziane mostra o porquê é uma das principais autoras do nosso idioma.

Mercado Editorial – Livros de ficção e poesia publicados no Brasil em novembro e dezembro de 2022

Provando que a literatura de Moçambique não está restrita aos escritores clássicos (sim, desde já Mia Couto e Paulina Chiziane são cânones), o jovem Manuel Mutimucuio apresenta “Moçambique com Z de Zarolho”, uma novela ao mesmo tempo cômica e crítica à colonização portuguesa na África. Na bem-azeitada e inteligentíssima ficção de Mutimucuio, o governo moçambicano decide abolir a língua portuguesa como o idioma pátrio. Em seu lugar, foi adotada a língua inglesa como a oficial. Na cabeça das autoridades, a razão do subdesenvolvimento e da pobreza da nação africana passa diretamente pelo idioma falado pelo povo no dia a dia. Uma vez que os moçambicanos passem a falar o inglês no cotidiano, um idioma universal e usado pelas maiores potências capitalistas, na certa Moçambique irá crescer, progredir e enriquecer. A partir dessa decisão, as vidas das pessoas comuns serão gravemente afetadas, cada uma de um jeito distinto.


Impossível não gostarmos de uma trama tão criativa e sagaz como essa, né? Em muitos sentidos, “Moçambique com Z de Zarolho” me lembrou as mais cômicas e sátiras narrativas saramaguianas. Aos 37 anos, Manuel Mutimucuio é uma das principais e mais originais vozes literárias da nova geração moçambicana. E, acredite se quiser, “Moçambique com Z de Zarolho” é apenas a segunda publicação do autor (e seu título de afirmação). Vale a pena conhecê-lo.


Feitas tais observações sobre os principais lançamentos do mercado editorial brasileiro em novembro e dezembro, vamos, a seguir, para a lista completa com os 125 livros da ficção e da poesia que foram publicados em nossas livrarias no sexto e último bimestre de 2022. Confira aí:


FICÇÃO BRASILEIRA:


“O Antigo Futuro” (Companhia das Letras) – Luiz Ruffato – Romance – 224 páginas.


“Lição de Autonomia” (Darkside) – Enéias Tavares – Romance – 384 páginas.


“Os Ratos” (Todavia) – Dyonélio Machado – Romance – 192 páginas.


“As Aventuras de Lucas Camacho Fernandez” (Companhia das Letras) – Jorge Furtado – Romance – 184 páginas.


“Sina” (Darkside) – Márcio Benjamin – Romance – 224 páginas.


“Dia Um” (Companhia das Letras) – Thiago Camelo – Romance – 208 páginas.


“1618” (Darkside) – Cesar Bravo – Romance – 368 páginas.


“A Vida e as Mortes de Severino Olho de Dendê” (Intrínseca) – Ian Fraser – Romance – 304 páginas.


“Todos Se Lavam no Sangue do Sol” (Darkside) – Paulo Raviere – Romance – 224 páginas.


“Além da Fumaça” (Labrador) – Edvaldo Silva – Romance – 208 páginas.


“Deixe a Música Contar” (7 Autores) – Roberto Marcio – Novela – 144 páginas.


“O Manto da Noite” (Companhia das Letras) – Carola Saavedra – Novela – 160 páginas.


“A Solidão do Amanhã” (Dublinense) – Henrique Schneider – Novela – 128 páginas.


“Laços Invisíveis” (Labrador) – Sara Jordani – Novela – 160 páginas.


“Sem Luta Não Se Vive” (Gryphus) – Almir Ghiaroni – Novela – 144 páginas.


“Pequenas Vinganças” (Globo Livros) – Edney Silvestre – Coletânea de Contos – 160 páginas.


“Tu Não Te Moves de Ti” (Companhia das Letras) – Hilda Hilst – Coletânea de Contos – 144 páginas.


“O Corpo Desvelado – Contos Eróticos Brasileiros 1922-2022” (CEPE Editora) – Organização de Eliane Robert Moraes – Coletânea de Contos – 592 páginas.


“Educação Natural – Textos Inéditos e Póstumos” (Record) – João Gilberto Noll – Coletânea de Contos – 240 páginas.


“Tempo Aberto – Oito Décadas em Oito Contos de Grandes Autores Brasileiros” (Record) – Alberto Mussa, Nélida Piñon, Francisco Azevedo, Antônio Torres, Carla Madeira, Nei Lopes, Claudia Lage e Cristovão Tezza – Coletânea de Contos – 184 páginas.


“Mundos Paralelos – Ficção Científica” (GloboClube) – Alexey Dodsworth, Enéias Tavares, Iana A., Jim Anotsu, Lady Sybylla, Roberta Spindler, Toni Moares e Vic Vieira Ramires (Organização de Ana Rüsche) – Coletânea de Contos – 128 páginas.


“Mundos Paralelos – Horror” (GloboClube) – Cláudia Lemes, Cristhiano Aguiar, Duda Falcão, Flávia Reis, Flávia Muniz, Márcio Benjamin, Nathália Xavier Thomaz e R. F. Lucchetti (Organização de Oscar Nestarez) – Coletânea de Contos – 128 páginas.


“Garrafas que Sonham Macacos” (CEPE Editora) – Everardo Norões – Coletânea de Contos – 144 páginas.


“Água com Gás & Outros Contos” (Almedina Brasil) – Elza Galdino – Coletânea de Contos – 124 páginas.


“Disritmia” (Malê) – Ronald Lincoln – Coletânea de Contos – 168 páginas.


“Tênebra – Narrativas Brasileiras de Horror” (Fósforo) – Cruz e Sousa, Machado de Assis, Olavo Bilac, Julia Lopes de Almeida e Aluísio Azevedo – Coletânea de Contos – 456 páginas.


“As Vozes da Minha Cabeça” (Labrador) – S. Ganeff – Coletânea de Crônicas – 208 páginas.


“Crônicas Inéditas” (Companhia das Letras) – Vinicius de Moraes (Organização de Eucanaã Ferraz e Eduardo Coelho) – Coletânea de Crônicas – 416 páginas.


“Futuro Ancestral” (Companhia das Letras) – Ailton Krenak (Organização de Rita Carelli) – Coletânea de Crônicas e Ensaios – 128 páginas.


“A Arte da Biografia – Como Escrever Histórias de Vida” (Companhia das Letras) – Lira Neto – Coletânea de Ensaios – 192 páginas.


“A Vida por Escrito – Ciência e Arte da Biografia” (Companhia das Letras) – Ruy Castro – Coletânea de Ensaios – 184 páginas.


“A Escrita de Maria Firmina dos Reis na Literatura Afrodescendente Brasileira – Revistando o Cânone” (Malê) – Algemira de Macêdo Mendes – Coletânea de Ensaios – 178 páginas.


“As Artemages de Saramago” (Companhia das Letras) – Leyla Perrone-Moisés – Coletânea de Ensaios – 160 páginas.


“Maria Firmina dos Reis – Vida Literária” (Malê) – Luciana Diogo – Coletânea de Ensaios – 178 páginas.


“Sombra do Sul – Volume 2 de Luzes do Norte” (Galera) – Giullianna Domingues – Infantojuvenil – 352 páginas.


“Rumores da Cidade” (Alt) – Lucas Rocha – Infantojuvenil – 344 páginas.


“Rebeldes, Revoluções e Outras Coisas que as Princesas Gostam” (Rocco) – Bruna Salles – Infantojuvenil – 336 páginas.


“Um Passo de Cada Vez” (Seguinte) – Iris Figueiredo – Infantojuvenil – 264 páginas.


“Você Não É Invisível” (Objetiva) – Lázaro Ramos – Infantojuvenil – 112 páginas.


“Samambaia Canibal – Um Astuciado Antropófago-Tropicalista” (Escarlate) – Tiago de Melo Andrade (autor) e Amanda Lobos (ilustradora) – Infantojuvenil – 96 páginas.


“Minúscula” (Brinque-Book) – Fran Matsumoto – Infantojuvenil – 56 páginas.


“Boi da Cara Preta” (L&PM Editores) – Sérgio Capparelli (autor) e Eloar Guazzelli (ilustradora) – Infantojuvenil – 56 páginas.


“Contos de Fraldas” (Companhia das Letrinhas) – Tino Freitas (autor) e Talita Hoffmann (ilustradora) – Infantojuvenil – 48 páginas.


“Ser O Que Se É” (Companhia das Letrinhas) – Daniel Kondo e Pedroca Monteiro – Infantojuvenil – 48 páginas.


“Flor” (Bertrand Brasil) – Cintia Barreto (autora) e André Flauzino (ilustrador) – Infantojuvenil – 40 páginas.


“Entre Sonhos e Dragões” (Companhia das Letrinhas) – Adriana Carranca – Infantojuvenil – 40 páginas.


“A Bailarina que Pintava Suas Sapatilhas” (Globinho) – Ingrid Silva (autora) e Monge Lua (ilustradora) – Infantojuvenil – 32 páginas.


“Domingo na Praça” (Galerinha) – Leo Cunha (autor) e Marilia Pirillo (ilustradora) – Infantojuvenil – 32 páginas.


“O Rupestre” (Globinho) – Alexandre de Castro Gomes – Infantojuvenil – 32 páginas.


“Maia e Valentim” (L&PM Editores) – Paula Taitelbaum – Infantojuvenil – 28 páginas.


“A Amiga Bruxa” (Ases da Literatura) – Gabriela Metzker – Infantojuvenil – 24 páginas.


“Onde Está a Boneca da Catarina?” (Labrador) – Sulamita Medina – Infantojuvenil – 20 páginas.


FICÇÃO INTERNACIONAL:


“O Mistério Henri Pick” (L&PM Editores) – David Foenkinos (França) – Romance – 280 páginas.


“Balada de Amor ao Vento” (Companhia das Letras) – Paulina Chiziane (Moçambique) – Romance – 176 páginas.


“A Mandíbula de Caim” (Intrínseca) – Torquemada (Inglaterra) – Romance – 216 páginas.


“Mau Comportamento” (Fósforo) – Mary Gaitskill (Estados Unidos) – Romance – 256 páginas.


“O Passeador de Livros” (Intrínseca) – Carsten Henn (Alemanha) – Romance – 224 páginas.


“Primavera dos Sonhos” (Arqueiro) – Nicholas Sparks (Estados Unidos) – Romance – 304 páginas.


“Cálculo Mortal” (Bertrand Brasil) – J. D. Robb (Estados Unidos) – Romance – 434 páginas.


“Pista Negra” (L&PM Pocket) – Antonio Manzini (Itália) – Romance – 272 páginas.


“O Coração É Um Caçador Solitário” (Carambaia) – Carson McCullers (Estados Unidos) – Romance – 368 páginas.


“Aniquilar” (Alfaguara) – Michel Houellebecq (França) – Romance – 480 páginas.


“Aqueles Que Deveríamos Encontrar” (Alta Novel) – Joan He (Estados Unidos) – Romance – 384 páginas.


“Uma Breve História dos Tratores em Ucraniano” (Intrínseca) – Marina Lewycka (Ucrânia/Inglaterra) – Romance – 304 páginas.


“A Lista do Juiz” (Arqueiro) – John Grisham (Estados Unidos) – Romance – 320 páginas.


“Peter Camenzind” (Todavia) – Hermann Hesse (Alemanha/Suíça) – Romance – 168 páginas.


“Honra” (Globo Livros) – Thrity Umrigar (Índia) – Romance – 368 páginas.


“O Caminho das Adagas – Volume 8 da Série A Roda do Tempo” (Intrínseca) – Robert Jordan (Estados Unidos) – Romance – 592 páginas.


“O Guardião de Segredos de Jaipur – Volume 2 da Série A Pintora de Henna” (Versus) – Alka Joshi (Índia/Estados Unidos) – Romance – 322 páginas.


“A Bala que Errou o Alvo” (Intrínseca) – Richard Osman (Inglaterra) – Romance – 320 páginas.


“A Escola de Boas Mães” (Globo Livros) – Jessamine Chan (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.


“Os Doze Dias de Dash & Lily – Volume 2 da Série Dash & Lily” (Galera) – David Levithan e Rachel Cohn (Estados Unidos) – Romance – 240 páginas.


“Murphy” (Companhia das Letras) – Samuel Beckett (Irlanda) – Romance – 272 páginas.


“Watt” (Companhia das Letras) – Samuel Beckett (Irlanda) – Romance – 384 páginas.


“Fome Azul” (Dublinense) – Viola Di Grado (Itália) – romance – 192 páginas.


“Homens e Monstros” (Intrínseca) – Patrick Ness (Estados Unidos/Inglaterra) – Romance – 560 páginas.


“De Férias Com Você” (Verus) – Emily Henry (Estados Unidos) – Romance – 392 páginas.


“Para O Lado de Swann – Volume 1 de À Procura do Tempo Perdido” (Companhia das Letras) – Marcel Proust (França) – Romance – 488 páginas.


“À Sombra das Moças em Flor – Volume 2 de À Procura do Tempo Perdido” (Companhia das Letras) –Marcel Proust (França) – Romance – 528 páginas.


“Continência do Amor” (Intrínseca) – Tess Wakefield (Estados Unidos) – Romance – 336 páginas.


“Dr. Love” (Alt) – Leisa Rayven (Austrália) – Romance – 432 páginas.


“O Palhaço no Milharal” (Alta Novel) – Adam Cesare (Estados Unidos) – Romance – 352 páginas.


“Depois Daquele Verão” (Buzz) – Carley Fotune (Estados Unidos) – Romance – 304 páginas.


“O Mago do Kremlin” (Vestígio) – Giuliano da Empoli (Itália) – Romance – 256 páginas.


“O Passageiro” (Alfaguara) – Cormac McCarthy (Estados Unidos) – Romance – 392 páginas.


“O Desafio da Herdeira” (Arqueiro) – Courtney Milan (Estados Unidos) – Romance – 368 páginas.


“Memória do Fogo – Caixa Especial” (L&PM Pocket) – Eduardo Galeano (Uruguai) – Coletânea de Romances – 1.184 páginas.


“Moçambique com Z de Zarolho” (Dublinense) – Manuel Mutimucuio (Moçambique) – Novela – 128 páginas.


“Sobre Minha Filha” (Fósforo) – Kim Hye-jin (Coreia do Sul) – Novela – 144 páginas.


“Um Lugar Muito Distante” (Arqueiro) – Jenny Colgan (Escócia) – Novela – 128 páginas.


“O Caso da Governanta” (Arqueiro) – Courtney Milan (Estados Unidos) – Novela – 160 páginas.


“Na Companhia dos Homens” (Malê) – Véronique Tadjo (Costa do Marfim) – Novela – 120 páginas.


“Sou Uma Tola por Te Querer” (Tusquets) – Camila Sosa Villada (Argentina) – Coletânea de Contos – 208 páginas.


“A Loteria e Outros Contos” (Alfaguara) – Shirley Jackson (Estados Unidos) – Coletânea de Contos – 264 páginas.


“Princesas Dark” (Darkside) – Charles Perrault (França), Hans Christian Andersen (Dinamarca), Irmãos Grimm (Alemanha), Jeanne Marie Leprince de Beaumont (França) – Coletânea de Contos – 176 páginas.


“As Histórias de Pat Hobby” (Dublinense) – F. Scott Fitzgerald (Estados Unidos) – Coletânea de Contos – 160 páginas.


“As Américas: Um Sonho de Escritores” (Estação Liberdade) – Phillippe Ollé-Lapeune (França) – Coletânea de Crônicas e Ensaios – 336 páginas.


“Duas Solidões – Um Diálogo sobre o Romance na América Latina” (Record) – Gabriel García Márquez (Colômbia) e Mario Vargas Llosa (Peru) – Coletânea de Ensaios – 112 páginas.


“García Márquez – História de Um Deicídio” (Record) – Mario Vargas Llosa (Peru) – Coletânea de Ensaios – 616 páginas.


“Pessoa – Uma Biografia” (Companhia das Letras) – Richard Zenith (Estados Unidos/Portugal) – Biografia – 1.160 páginas.


“De Volta a Taipei” (Alt) – Abigail Hing Wen (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 464 páginas.


“Dinastia Americana” (Intrínseca) – Tracey Livesay (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 384 páginas.


“Flores Feitas de Espinho” (Rocco) – Gina Chen (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 384 páginas.


“Lore Olympus – Volume 2 de Histórias do Olimpo” (Suma) – Rachel Smythe (Nova Zelândia) – Infantojuvenil – 368 páginas.


“A Garota que Eu Fui” (Rocco) – Tess Sharpe (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 352 páginas.


“Por Essa Eu Não Esperava” (Intrínseca) – Jesse Q. Sutanto (Indonésia/Singapura/Inglaterra) – Infantojuvenil – 336 páginas.


“Fisgados pelo Amor” (Intrínseca) – Tessa Bailey (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 336 páginas.


“Fumaça Branca” (Seguinte) – Tiffany D. Jackson (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 320 páginas.


“Oito Horas” (Paralela) – Lia Louis (Inglaterra) – Infantojuvenil – 304 páginas.


“Um Sonho em Tóquio” (Seguinte) – Emiko Jean (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 296 páginas.


“Almanaque Heartstopper” (Seguinte) – Alice Oseman (Inglaterra) – Infantojuvenil – 160 páginas.


“Aya de Youpougon – Volume 3” (L&PM Editores) – Marguerite Abouet (Costa do Marfim) e Clément Oubrerie (França) – Infantojuvenil – 128 páginas.


“Isadora Moon Faz Aniversário” (L&PM Editores) – Harriet Muncaster (Inglaterra) – Infantojuvenil – 128 páginas.


“Gui e o Anjo dos Sonhos – Livro 2 da Série Anjos da Guarda” (Arqueiro) – Lucinda Riley e Harry Whittaker (Irlanda) – Infantojuvenil – 64 páginas.


“Todos os Cachorros do Meu Bairro” (Globinho) – Philip C. Stead e Matthew Cordell (Estados Unidos) – Infantojuvenil – 48 páginas.


“Linhas” (Companhia das Letrinhas) – Suzy Lee (Coreia do Sul) – Infantojuvenil – 48 páginas.


“Papai Pinguim” (Globinho) – Lindsay Camp (Inglaterra) – Infantojuvenil – 32 páginas.


POESIA BRASILEIRA:


“Textos Para Tocar Cicatrizes” (Alt) – Igor Pires – 352 páginas.


“Poesia, Te Escrevo Agora” (Alfaguara) – João Cabral de Melo Neto (Organização de Regina Zilberman) – 272 páginas.


“Araras Vermelhas” (Companhia das Letras) – Cida Pedrosa – 144 páginas.


“Poética Revelada” (Labrador) – Lino Giavarotti Filho – 96 páginas.


POESIA INTERNACIONAL:


“Garotas em Tempos Suspensos” (Círculo Poemas) – Tamara Kamenszain (Argentina) – 160 páginas.


“Poemas Tardios” (Rocco) – Margareth Atwood (Canadá) – 176 páginas.


“Poema de Amor Pós-Colonial” (Círculo Poemas) – Natalie Diaz (Estados Unidos) – 160 páginas.


Para nos ler, para nos ler, para nos ler. No novo ano, apesar dos perigos, a gente se encontra debatendo na coluna Mercado Editorial. Fazendo leituras, fazendo análises, fazendo literatura no Bonas Histórias. Que tudo se leia no ano que vai nascer. Muito livro na mão e publicações para emprestar e comprar. Feliz 2023!


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